Candidata do CHEGA, Jenny Santos, impedida pela presidente da Assembleia Municipal de fazer campanha eleitoral ao usar da palavra no período reservado ao público- Vários vereadores, deputados municipais e autarcas abandonaram a sala quando falava
A presidente da Assembleia Municipal de Braga Hortense Santos interrompeu, ontem, a intervenção da candidata do Chega nas próximas eleições autárquicas, Eugénia (Jenny) dos Santos, e impediu-a de acabar, com o argumento de que “não era aceitável que usasse o período reservado a intervenções do público para fazer campanha eleitoral”.
Em simultâneo, vários vereadores, deputados municipais e autarcas de freguesia abandonaram a sala, em jeito de protesto contra Jenny Santos, só voltando quando a sua intervenção acabou.
A candidata inscreveu-se para usar da palavra, tendo direito a falar durante cinco minutos, tempo em que criticou os deputados municipais, acusando-os de, na anterior Assembleia, terem estado a falar entre si ou a olhar para o telemóvel. Em sua opinião, tal representa “uma tremenda falta de respeito” para com a presidente do órgão e para os autarcas das freguesias.
Acrescentou que “as pessoas precisam de muito mais do que palavras convenientes, precisam de atitudes” e disse que tal demonstra que o Chega não é de extrema direita.
Rebateu recentes declarações de Ricardo Rio sobre o Chega, sobre a sua alegada falta de representatividade no concelho, e concluiu – depois de interpelada pela presidente da Assembleia sobre o facto de a reunião da Assembleia não ser lugar para se fazer campanha – com a frase: “Quer queiram ou não, o Chega de Braga, veio para ficar!”.