A Câmara de Valença, em parceria com a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), candidatou ao programa bairros comerciais digitais um montante de 669.500 euros para modernizar o comércio e serviços no interior da fortaleza da cidade, foi hoje divulgado.
Em comunicado enviado às redações, o município da segunda cidade do distrito de Viana do Castelo e a CEVAL pretendem “avançar com a digitalização da economia, sobretudo dos setores do comércio, turismo e serviços da fortaleza, com a criação dos Bairros Comerciais Digitais”.
O investimento ao projeto bairros comerciais digitais, próximo dos 669.500 euros, é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A “manifestação de interesse para o desenvolvimento deste projeto, foi considerada elegível e o consórcio entre o município de Valença e a CEVAL” – que representa cerca de 5.000 empresas do Alto Minho que empregam mais de 19.000 trabalhadores – “aguarda, agora, a aprovação da candidatura que permita a implementação deste projeto inovador”.
Segundo a autarquia, o programa bairros comerciais digitais é “uma oportunidade para introduzir tecnologia na fortaleza e nas suas atividades económicas dominantes”.
O projeto “pretende melhorar a experiência de compra e atrair mais pessoas para os principais eixos comerciais da fortaleza, numa combinação entre o físico e o digital”.
Os bairros comerciais digitais pretendem ser “uma medida impulsionadora do crescimento económico dos setores dominantes na fortaleza de Valença, da sua modernização, inovação e adequação às novas tendências de consumo”.
A fortaleza, principal ex-líbris de Valença, é anualmente visitada por mais de dois milhões de pessoas. No seu interior, além do edifício camarário e de outros serviços existem cerca de 150 estabelecimentos comerciais entre cafés, restaurante e lojas de têxteis, atoalhados e vestuário, entre outros.
Monumento nacional, candidata a Património da Humanidade, aquele património assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.
Os projetos dos bairros comerciais digitais do PRR visam fomentar a coesão territorial e destinam-se a autarquias, empresas municipais e associações locais.
Os bairros comerciais digitais “são definidos como espaços urbanos contíguos, delimitados geograficamente, com elevada densidade de estabelecimentos de comércio e de prestação de serviços, incluindo HORECA [hotelaria, restauração e cafés], com uma estratégia comum de gestão suportada num ambiente tecnológico avançado”, pode ler-se no portal de perguntas frequentes disponível no ‘site’ do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação.
A centralização do processo em Lisboa já gerou críticas de comunidades intermunicipais a Norte.