Os protestos dos pais de crianças, devido ao tempo de espera na urgência pediátrica do Hospital de Braga, levaram a que a PSP tivesse sido chamada ao local, este domingo, escreve o Jornal de Notícias na sua edição online.
O “muito tempo” a que algumas crianças foram sujeitas até serem atendidas – “[houve quem esperasse] cerca de oito horas”, disse um pai ao jornal – obrigou a que algumas tivessem de voltar à triagem, para receber medicação, e a que, outras e os pais, tivessem que se alimentar no local – “nas máquinas” – num ambiente em que, é relatado, se encontravam bebés de meses, “cheios de febre, a berrar”.
A situação de “desespero” levou a que, a dada altura, alguns dos pais ali presentes protestassem. Outros, de acordo com os mesmos relatos, abandonaram a sala de espera antes que fossem atendidos, procurando, inclusivamente, resposta num hospital privado.
Os agentes chamados ao hospital mantiveram-se no local até a situação acalmar, confirmou a O MINHO fonte da PSP.
Hospital de Braga explica
Em resposta, o Hospital de Braga justifica a situação com o registo de picos de maior afluência em determinados períodos, num dia que, diz, foi atípico em termos de afluência de doentes emergentes (vermelhos) e muito urgentes (laranjas) ao Serviço de Urgência Pediátrico.
“Neste dia, registou-se um aumento de 77% nestes atendimentos face à média diária do mês janeiro”, refere, acrescentando que “nestas situações, os tempos de espera para atendimento de casos triados como menos urgentes (verdes/azuis) podem registar um aumento significativo”.
Acrescenta, ainda, que, desde o início da ativação do Plano de Contingência, foram implementadas várias medidas, incluindo reforço de recursos humanos.
“De sublinhar que, diariamente, os profissionais do Hospital de Braga desenvolvem esforços contínuos para prestar uma resposta atempada às solicitações da população”, ressalva aquele hospital.
Sobre a chamada da PSP, a mesma fonte confirma que a mesma foi feita pelos seguranças do hospital, “uma prática habitual neste tipo de situações”.
Notícia atualizada às 17h06 com resposta do Hospital de Braga.