Região
Marido comenta assassinato da mulher no Facebook
Tragédia em Vieira do Minho
em

“Um casamento a três não funciona foi feito um pedido para além [alguém] se afastar não o fez dei [deu] nisto”. Eram 02:35, esta quinta-feira, quando a publicação com a notícia Mulher assassinada pelo marido em Viera do Minho, na página de Facebook de O MINHO, recebeu este comentário. Foi feito por Ana Paula Antonio Fidalgo, perfil utilizado pelo casal naquela rede social.

Foto: Facebook
O MINHO respondeu, através de mensagem privada, a António Fidalgo, que se encontra sob a alçada da Polícia Judiciária de Braga, mas, até ao momento, não obteve resposta.

Gestor de mensagens da página de O MINHO. Foto: Facebook
Esta quarta-feira, cerca das 21:30, Ana Paula Jesus Fernandes Fidalgo, de 39 anos, foi encontrada morta em Salamonde, Vieira do Minho, na parte de cima do restaurante O Refúgio do Gerês.

Foto: Facebook de Ana Paula António Fidalgo
O estabelecimento era explorado pelo casal há alguns meses, depois de ter regressado de Inglaterra, onde esteve emigrado.

Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO

Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO
António Fidalgo confessou a autoria do crime, entregando-se voluntariamente à GNR, em Braga.
Leia Também
Detetados em Portugal 101 casos de mutilação genital feminina em 2020
Dos 36 concelhos com taxa de incidência máxima no Norte, 15 são no Minho
Novos casos aumentaram em todo o distrito de Braga entre o Natal e o Ano Novo
Vieira do Minho já espalhou quatro toneladas de sal-gema para evitar acidentes
PSD insiste na ligação rodoviária entre Guimarães e Vieira do Minho
Primeiro julgamento de mutilação genital em Portugal conhece sentença hoje
Aqui chegado…
...temos uma pequena mensagem para partilhar consigo. Cada vez mais pessoas lêem O MINHO, jornal estritamente digital, líder de audiências. Ao contrário de outros órgãos de informação, optámos por não obrigar os leitores a pagarem para lerem as nossas notícias, mantendo o acesso à informação tão livre quanto possível. Por isso, como pode ver, precisamos do seu apoio.
Para podermos apresentar-lhe mais e melhor informação, que inclua mais reportagens e entrevistas e que utilize uma plataforma cada vez mais desenvolvida e outros meios, como o vídeo, precisamos da sua ajuda.
O MINHO é um órgão de comunicação social independente (e sempre será). Isto é importante para podermos confrontar livremente todo e qualquer tipo de poder (político, económico ou religioso) sempre que necessário.
Inspirados na filosofia seguida pelo jornal inglês "The Guardian", um dos mais importantes órgãos de comunicação do Mundo, também nós achámos que, se cada pessoa que lê e gosta de ler O MINHO, apoiar o futuro do nosso projeto, este será cada vez mais importante para o desenvolvimento da sociedade que partilhamos, a nível regional. Pela divulgação, partilha e fiscalização.
Assim, por tão pouco como 1€, você pode apoiar O Minho - e só demora um minuto. Obrigado.
Guimarães
ASAE fiscalizou incumprimento do confinamento em operação que passou por Guimarães
Confinamento

A ASAE instaurou hoje um processo-crime por especulação de preços e 19 contraordenações por incumprimento das medidas adotadas para conter a pandemia de covid-19, além de ordenar o encerramento de quatro estabelecimentos de restauração e bebidas.
Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), diz que “foram fiscalizados 198 operadores económicos, tendo sido instaurado um processo-crime por especulação de preços e 19 processos de contraordenação dos quais se destaca a falta de cumprimento das regras de ocupação, permanência e distanciamento físico nos locais abertos ao público e a falta de cumprimento das regras relativas a restrição, suspensão ou encerramento de atividades”.
Foi ainda determinada a suspensão da atividade em quatro operadores económicos da restauração e bebidas “pela existência de clientes no seu interior”, indica a ASAE.
A autoridade lembra que, com o estado de emergência, “esta atividade apenas poderá ser exercida para efeitos de confeção destinada ao consumo fora do estabelecimento, seja através de entrega ao domicílio, diretamente ou através de intermediário, ou para disponibilização de refeições ou produtos embalados à porta do estabelecimento ou ao postigo (‘take away’)”.
As ações de fiscalização contaram com cerca de 30 inspetores e decorreram nos concelhos de Guimarães, Lisboa, Porto, Matosinhos, Lamego, Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Faro e Évora.
A operação foi direcionada a operadores económicos cuja atividade se encontra sujeita a novas regras de funcionamento, “tendo como principal objetivo a verificação do cumprimento integral das regras de lotação, ocupação, permanência e distanciamento físico em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, bem como o cumprimento da determinação de suspensão de determinados tipos de instalações, estabelecimentos e atividades”, lê-se no comunicado.
A ASAE afirma que continuará a desenvolver “ações de fiscalização no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, para garantia do cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela presente situação pandémica”.
O decreto do Governo que regulamenta o novo confinamento geral devido à pandemia de covid-19 entrou em vigor às 00:00 de sexta-feira e decorre até 30 de janeiro.
Entre as restrições, o diploma prevê o encerramento do comércio e restauração, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
Os restaurantes e similares podem funcionar apenas em regime de ‘take away’ ou entregas ao domicílio.

Este sábado o trânsito esteve condicionado na rotunda de Silvares, no acesso a autoestrada A 11, no âmbito dos trabalhos de desnivelamento que decorreram no local.
Todas as entradas estavam encerradas pelas autoridades responsáveis pelo trânsito, com os automobilistas a circularem de forma bastante condicionada.
A autarquia tinha publicado um aviso, conforme noticiou O MINHO, a dar conta que este condicionamento decorre “dos trabalhos de pavimentação associados à empreitada em curso, da responsabilidade de execução da Infraestruturas de Portugal”.
Era aconselhada a utilização de percursos alternativos ao nó de Silvares e da saída da Autoestrada A11 (Guimarães Centro), usando como alternativa o Nó Guimarães Sul.
“Em todos os trabalhos será acautelada a presença das autoridades responsáveis pela gestão da circulação rodoviária”, referiu a autarquia.
Alto Minho
A rara beleza do lobo-ibérico na neve do Gerês (pela lente de Carlos Pontes)
Biodiversidade

“O inverno é uma das épocas do ano mais difíceis para seguir lobos e as suas condutas”. Quem o afirma é Carlos Pontes, fotógrafo e videógrafo de natureza natural de Ponte da Barca e um dos mais bem informados ‘seguidores’ das alcateias de lobo-ibérico do Parque Nacional Peneda-Gerês.
Desta vez, e pós várias horas de espera, conseguiu vislumbrar três lobos adultos, capturando o momento em fotografia. O colaborador da National Geographic conta que estes lobos, “assim como nós humanos, pelo menos em crianças, recebem com alegria a neve e insistem em aproveitar cada momento”.
“Em algum lugar, longe de pressões e barulhos desagradáveis, dois lobos adultos aproveitam a oportunidade de um sol que se revelou após dias de tempestades, nevoeiros densos e frio extremo”, conta Carlos, sempre “concentrado no cenário”.
“Os bichos mantinham alguma distância entre eles, chegaram a dormir cerca de uma hora em que a única acção que tinham era sacudir a neve e, volta e meia, levantar a cabeça para vigiar a envolvente. Eu esperava acontecimentos e tomava um café quentinho”, relata o profissional.
“Mais tarde e sem pressa, entra em cena um outro lobo, um pouco maior e mais escuro. Aquela silhueta, no alto da encosta, exibia uma pose e imponência que me deixou mais empolgado ainda, pois de imediato se reuniram e começaram a festa. Entre reviravoltas na neve, saltos sem jeito e corridas com escorrega, estes três lobos fizeram delícias como cachorros acabados de se encontrar no parque”, detalha Carlos Pontes.
“Apenas de café tomado, percebi, naquele exato momento, que realmente não sentia nada a não ser uma alegria enorme por todas aquelas imagens que presenciei e pude registar, porque os pés, as mãos e as restantes partes do corpo demoraram a reaparecer e fazerem-se sentir (risos)”, remata.
Quem é Carlos Pontes?
Um apaixonado pela fotografia de fauna selvagem. Natural de Ponte da Barca, desde criança que tem contacto com o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), não só com a área inserida em Ponte da Barca mas também em Arcos de Valdevez e Melgaço, zonas com as quais mais se identifica.
Aos 35 anos, é hoje considerado um autor diferenciador dos animais e paisagens do PNPG. Esteve sempre em contacto com serras e animais, enquanto se formou em design e buscou conhecimentos em biologia. Com grande habilidade técnica no mundo da natureza e fotografia, estuda teoria e prática sobre as áreas e espécies que fotografa.
Carlos Pontes em trabalhos junto ao rio Vez. Foto: Luís Fernandes
Venceu alguns prémios em concursos nacionais de fotografia, colaborou com documentários de vida selvagem transmitidos pela televisão portuguesa e colaborou em publicações da National Geographic
Mais recentemente, colaborou como câmara no novo projeto “DEHESA – el bosque del lince” do aclamado produtor e realizador de filmes de natureza, Joaquin Gutierrez Acha.
Esta produção, sobre sobre Portugal e Espanha é da autoria de um dos melhores realizadores da Europa onde só entram dois portugueses: Carlos Pontes e João Cosme.
“Conhecer Carlos Pontes é perceber que o seu ADN é marcado pelas serras e os animais, particularmente o lobo-ibérico (canis lupus signatus)”, diz a biografia que o autor partilhou com O MINHO.
Desde os nove anos que vê lobos em estado selvagem, mas desde os vinte anos que começou a mostrar mais interesse. Os lobos são, hoje, a sua “principal fonte de inspiração”.
‘Set’ improvisado no monte por Carlos Pontes. Foto: Facebook de Carlos Pontes
Através de exposições, Carlos Pontes quer ajudar a valorizar o lobo como “um elemento crucial não só da biodiversidade regional, mas também da identidade cultural e tradição populares”.
“Desmistificar a falsa ideia do lobo mau pode permitir que as entidades governativas da região vejam na sua imagem e no rico património cultural a ele associado no contexto ibérico uma mais valia para o desenvolvimento económico e turístico”, refere o autor.
Reportagens da Semana


Como a pandemia afeta pessoas com deficiência: “Sentimos falta de estar juntos”
Cercigui


Comércio de Braga prepara novo confinamento à espera de melhores dias
Lojistas esperam retoma ainda em 2021, mas aquém de anos anteriores


Agregação contestada em pelo menos 19 uniões de freguesia do Minho
Apúlia e Fão já preparam separação à 'boleia' da nova lei
Populares
- BragaHá 2 dias
Incêndio em restaurante durante a madrugada em Braga
- BarcelosHá 13 horas
Restaurante de Barcelos com cartazes a proibir entrada de chineses e comunistas
- BragaHá 2 dias
Homem detido em Prado, Vila Verde, por se recusar a usar máscara
- BarcelosHá 2 dias
Pároco de Barcelos que morreu com covid-19 é sepultado amanhã em Famalicão