Empresário de Braga quer aumentar salário mínimo para 1.500 euros (em oito anos)

Economia
Foto: DR / Arquivo

Ricardo Costa, administrador do grupo Bernardo da Costa, com sede em Braga, pretende elevar o salário médio da empresa para 2.700 euros até 2030, fixando a remuneração mensal mínima nos 1.500 euros até à mesma data. O anúncio foi feito na passada sexta-feira, no edifico da Alfândega do Porto, durante o encontro anual da Associação Portuguesa de Gestão de Pessoas.

Citado pelo jornal Eco, Ricardo Costa considera que é imperativo “para todos” o aumento dos salários de forma gradual, lembrando que no grupo Bernardo da Costa o salário mínimo já é de 850 euros, um valor bastante superior ao praticado a nível nacional. Porém, disse, só há uma pessoa na empresa a ganhar o salário mínimo, porque os restantes auferem maior rendimento mensal.

Este tipo de políticas para com os funcionários, que passa também pelo apoio à natalidade e pelo pagamento de férias paradisíacas no verão, foi implementada com a criação do Departamento da Felicidade que, para além de estabelecer seguros, apoia ainda eventos ao longo do ano, serviços domésticos gratuitos para os funcionários, apoio escolar, fruta, entre muitos outros benefícios.

“O meu avô levava os colaboradores ao fim de semana de autocarro a Ofir. Ao sábado. Nós metemo-nos num avião e fomos uma semana para Punta Cana”, disse, durante a conferência, considerando que na indústria pode existir a mesma cultura que existe, por exemplo, no setor dos serviços, onde o “investir no talento” é primordial.

Para combater a falta de talento, Ricardo Costa acredita que a felicidade é a solução.

Ricardo Costa, que está na Bernardo da Costa desde 2002, é licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade Lusíada, onde foi presidente da associação de estudantes, e tem um MBA internacional da Universidade Católica Portuguesa. É, atualmente, presidente e fundador da Associação Empresarial do Minho.

 
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