A Confederação Empresarial da Região do Minho (ConfMinho) enviou 70 propostas ao futuro Governo do PS em áreas como as dos fundos de coesão: segurança; economia e fiscalidade; trabalho, emprego e formação profissional; mobilidade, transportes públicos e infraestruturas de apoio ao desenvolvimento empresarial do território; e estímulo às relações transfronteiriças com a Galiza.
Em nota a propósito, o organismo diz ser essencial que o Governo assuma “uma posição dialogante” com o movimento associativo empresarial, desenvolvendo uma estratégia comum com o intuito de promover a recuperação do tecido económico.
Por isso, apresentou medidas “fundamentais para reativar a atividade económica”, manifestando a sua disponibilidade “para articular as melhores soluções”.
A ConfMinho pede 11 medidas, entre as quais a do reforço da dotação dos sistemas de incentivos de base local, de forma a permitir um acesso privilegiado às empresas de micro e pequena dimensão aos fundos comunitários no âmbito do PRR e do Portugal 2030.
Parques industriais
Quer que se crie um programa, no âmbito do Portugal 2030, para a capacitação de empresários e gestores de PME e que se incentive a criação de unidades de gestão integrada de Parques Industriais, com base em parcerias público-privadas de municípios e associações empresariais.
Sugere, ainda, a implementação de um plano regional estratégico de apoio e reforço aos setores relevantes do Têxtil e do Automóvel, e de programas de eficiência energética, de utilização racional de recursos naturais, bem como o recurso a energias renováveis e a dinamização da economia circular.
A nível de segurança, solicita apoio para a implementação de sistemas de videovigilância, designadamente em áreas urbanas de maior concentração e densidade comercial e reforço do policiamento.
Reduzir a TSU
Quer que se promova uma fiscalidade atrativa para o investimento e os negócios; reduzir a TSU das empresas; criar um enquadramento fiscal favorável a operações de aquisição e fusão de empresas; e reforçar as medidas de estímulo à capitalização e financiamento de empresas estão entre as propostas na área da economia e fiscalidade.
Metro e ligação Braga-Guimarães
No que toca à mobilidade, a ConfMinho pede, no distrito de Braga, a implantação do metro do Quadrilátero Urbano; a construção da ligação do Metro Esposende/Póvoa de Varzim; a ligação por transporte coletivo em espaço dedicado do eixo Braga-Guimarães; e mais ligações rápidas de comboio na linha Braga-Porto, reforçando as saídas de Barcelos/Famalicão/Guimarães; e a criação de um sistema de transportes coletivos interurbanos (Quadrilátero) e multimodal. Em termos rodoviários, são pedidas várias ligações: Arcada Nova – E. Leclerc/Ferreiros(Braga); variante a Vila Verde; ligação rodoviária rápida no eixo ‘Braga – Gerês’; e uma ligação Rodoviária rápida Barcelos – Famalicão.
Eliminação da portagem na A28
Sobre o Distrito de Viana do Castelo, pede a eliminação do Pórtico de Neiva da A28, que classifica como “constrangedor” do acesso à livre circulação de trabalhadores e mercadorias entre o parque empresarial do Neiva e o concelho de Viana do Castelo. Solicita a conclusão da A28 até Monção e prolongamento até Melgaço, com traçado circundante a Valença e Monção e conexão às áreas empresariais dos concelhos de Valença, Monção e Melgaço, e a beneficiação da estrada que liga o IC28 à fronteira da Madalena, em Ourense. É ainda reclamada a construção de uma nova ponte ferroviária transfronteiriça em Monção e a criação de um Centro Logístico de Apoio ao Porto de Mar de Viana. Exige, ainda, a ligação do TGV Porto – Vigo, com paragem em Valença e a sua interligação à rede europeia de alta velocidade.