A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) informou hoje que a 20.ª Bienal de Arte de Cerveira, em Vila Nova de Cerveira, vai contar com trabalhos de alunos de 21 universidades portuguesas e estrangeiras.
Em comunicado, a FBAC explicou que o objetivo do convite que lançou às instituições de ensino superior, entre faculdades, institutos e escolas superiores da área das artes, para “expor na bienal de arte mais antiga do país e da Península Ibérica, tem como objetivo aproximar os conceitos científicos da prática artística e promover a reflexão entre alunos, professores e artistas”.
“As bienais internacionais de arte de Cerveira são desde 1978 um local de encontro, debate e investigação de arte contemporânea, pelo que a presença destas entidades contribuirá, certamente, para uma reflexão conjunta. A novidade este ano é a participação de entidades estrangeiras de países como a Rússia, Perú e Colômbia”, explicou o presidente da FBAC, Fernando Nogueira, citado na nota hoje enviada à imprensa.
A 20.ª Bienal de Arte de Cerveira vai decorrer entre 10 de agosto e 23 de setembro, em Vila Nova de Cerveira e vai expor 162 obras de 143 artistas, de 26 nacionalidades.
Os trabalhos dos alunos das instituições de ensino superior que participam na edição deste ano do evento vão ficar expostos no Factory VNC, antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira).
“Esta oportunidade afigura-se como um meio não só de divulgação do ensino artístico, como também do plano de investigação da arte e ciência, aproximando novos talentos de artistas mais experientes”, destacou o coordenador artístico, Cabral Pinto, também citado naquela nota.
Com o tema “Artes Plásticas Tradicionais e Artes Digitais – O Discurso da (Des)Ordem”, a bienal “manterá o formato adotado desde a primeira edição, em 1978, afirmando-se como um local de encontro, debate e investigação de arte contemporânea, num programa concertado com o ensino superior das artes a nível Europeu”.
Em 2018, o evento vai assinalar os 40 anos de existência e homenagear o pintor Cruzeiro Seixas, considerado “um dos expoentes máximos do surrealismo português”. Integrará ainda uma mostra retrospetiva da sua obra plástica e poética.
A 19.ª edição, que decorreu entre julho e setembro de 2017, recebeu 100 mil visitantes nos 14 espaços que acolheram 600 obras de arte, assinadas por cinco centenas de artistas de 35 países.
A edição de 2017 ocupou uma área de 8.300 metros quadrados de espaço expositivo, só na vila onde nasceu em 1978, e estendeu-se aos municípios vizinhos de Paredes de Coura e Caminha, e às localidades galegas de Vigo e Ourense, na Galiza.