A siderúrgica Megasa suspendeu a produção nas fábricas da Maia e do Seixal por causa do aumento dos preços do gás natural e da eletricidade, foi hoje anunciado. A empresa exporta cerca de mil milhões de euros por ano e emprega 700 colaboradores diretos e 3.500 indiretos.
Em comunicado enviado à imprensa, a antiga Siderurgia Nacional explica que a produção está parada desde o início desta semana por ser “economicamente inviável a produção das duas unidades”.
Toda a atividade localizada na Maia foi suspensa, enquanto que no Seixal foi apenas afetada a produção de aço. Mantém-se, naquela fábrica, a produção de laminagem.
“Consciente da preocupação manifestada já pelo Governo português e pela Comissão Europeia, a Megasa propôs ao Primeiro-ministro a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos”, lê-se na nota de imprensa.
A empresa crê “ser possível manter a sua atividade com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto”.
Afirma ainda que a situação foi exposta às Câmaras municipais e ao Governo.