São três e praticaram oito assaltos e roubos a pessoas e lojas em Braga. Nuno, de 31 anos, Fernando, de 23, e Fernando Pereira, de 35, todos de Braga e presos preventivamente, vão ser julgados no Tribunal Judicial por roubo e furto, na forma qualificada.
O primeiro roubo ocorreu a 20 de julho de 2019, junto a uma caixa multibanco em São Frutuoso, nos arredores da cidade.
Nuno e Fernando viram uma mulher, Ana Catarina, a fazer operações na caixa ATM e decidiram abordá-la. Fernando ficou no carro, para preparar a fuga, enquanto o Nuno abordou-a pelas costas, agarrando-a pela cintura: “levanta mais!”, intimou, tendo pegado nos 50 euros que tinha na mão, arrancando-os.
No dia seguinte – escreve a acusação do Ministério Público (MP) – os mesmos dois arguidos foram ao minimercado Amoreiras, na Rua Dr. Francisco de Noronha.
O procedimento foi igual: Fernando ficou na viatura e Nuno entrou, dirigindo-se à proprietária, Maria de Fátima que estava perto da caixa registadora: “não tenha medo. Não se assuste”, disse-lhe, agarrando-a pelo pescoço e por um braço, quando Fátima tentou reagir. Ainda assim, ela gritou por socorro e o marido apareceu, o que levou o assaltante a sair a correr, fugindo.
Vítima ficou nua
Nesse dia, na Rua da Fábrica, à noite, os dois criminosos, dirigiram-se a um transeunte, Ricardo Ramalho, e ameaçaram-no com um xis-ato aberto.
Agarraram-no e roubaram-lhe um telemóvel da marca Iphone, que valia 700 euros, um outro telemóvel, avaliado em 370, 40 euros em dinheiro e um maço de tabaco.
De seguida, na mesma rua, assaltaram um carro levando os documentos e outros objetos, tudo avaliado em 80 euros.
Nessa altura, os gatunos notaram que a vítima anterior, Ricardo, os seguia ao longe. Foram atrás dele, deram-lhe três bofetadas e levaram-no a uma casa de banho pública onde o despiram, deixando-o nu.
Pouco depois, introduziram-se num táxi da firma Jolece, Lda, de onde retiraram um tablet, um telemóvel, uma impressora portátil e uma nota de dez euros. Produto do furto: 1.520 euros.
A 21 de novembro, Nuno acercou-se de uma mulher, Cláudia Macedo, e arrancou-lhe a carteira com um esticão. Ficou com 20 euros, e objetos que estavam numa bolsa.
Nessa noite, pelas 02:50, Fernando e Nuno foram para junto do Hotel Burgos, na Rua D. Afonso Henriques. Fernando dirigiu-se ao rececionista e pediu-lhe dinheiro porque precisava de chamar um táxi. Levou uma nega, mas aproveitou para ver se haveria algo fácil de roubar.
Voltou a entrar, encapuzado e gritou: “isto é um assalto, não queiras problemas”. Levou dois telemóveis, uma bolsa e dez euros, tudo no valor de 600 euros.
“Queres morrer”?
Um mês depois, em dezembro, Nuno entrou no Cabeleireiro Hasbel, na Rua Fotógrafo Arcelino e gritou, dirigindo-se à proprietária: “isto é um assalto. O dinheiro todo já”.
A vítima tentou fugir, saindo, mas ele agarrou-a, puxou-a para dentro, encostou-lhe uma faca ao pescoço e perguntou: “Queres morrer?”. Ato contínuo, roubou-lhe 500 euros e dois telemóveis, obtendo assim 1.800 euros.
O MP acusou Nuno Miguel Loureiro de sete crimes de roubo e furto qualificado, Fernando Costa de três de roubo qualificado e dois de furto e Fernando Pereira de um crime de roubo.