Sete meses depois de ter sido instalado na fortaleza de Valença, o novo sistema de leitura, em tempo real, do número de entradas de pessoas, a pé, e de viaturas contabilizou mais de um milhão e 500 mil visitantes.
De acordo com os números divulgados esta sexta-feira, em comunicado, pela Câmara Municipal, aquele número de visitantes foi registado entre 01 de janeiro e 12 de agosto, nas principais portas de acesso à fortaleza, três pedonais e uma para viaturas.
“O número de visitantes reflete o poder de atratividade do monumento e da sua oferta patrimonial, histórica, comercial e cultural. Estes números vêm no sentido, também, das campanhas promocionais desenvolvidas pela autarquia junto dos principais operadores turísticos nacionais e internacionais”, lê-se no na nota.
A fortaleza de Valença, monumento nacional, candidata a Património da Humanidade junto da UNESCO, assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.
Aquele sistema de contagem, orçado em cerca de 11 mil euros, foi instalado em janeiro, integrado “num conjunto de intervenções que a autarquia de tem vindo a realizar no âmbito do processo de candidatura da fortificação a Património da Humanidade da UNESCO.
Aquela intervenção, num investimento de 120 mil euros, incidiu nos fossos da fortaleza, nas Portas de Santo António, nas Portas Afonsinas e no muro do Baluarte da Esperança, e foi financiado em 85% pelo programa comunitário Novo Norte.
Com avanços e recuos, o processo de candidatura da fortaleza a Património de Interesse Cultural para a Humanidade chegou a ser anunciado no âmbito de um projeto em conjunto com o centro histórico de Tui, na Galiza, e mais tarde enquadrada com outras estruturas do género em Portugal.
No entanto, face ao atraso que se verificaram nestes processos, a Câmara de Valença decidiu em setembro de 2011 avançar sozinha, aguardando ainda pela decisão final.
A ponte rodoferroviária sobre o rio Minho, que liga a Tui, na Galiza, também será integrada na candidatura.
A fortaleza desempenhou um papel preponderante na defesa dos ataques de Espanha e chegou a receber cerca de 3.500 homens, em dois regimentos do Exército. A presença militar só terminou em 1927, com a saída do último batalhão do Exército.