A Câmara de Guimarães quer que a Casa e Quinta da Covilhã, na freguesia de Fermentões, Guimarães, da autoria de Fernando Távora, seja classificada ao abrigo do regime de proteção e valorização do património cultural.
Em comunicado enviado à Lusa, a autarquia adianta que o procedimento de classificação já está aberto, tendo sido publicado em Diário da República, a 22 de junho de 2018, pela Direção-Geral do Património Cultural.
“O referido conjunto está em vias de classificação ao abrigo do regime de proteção e valorização do património cultural”, lê-se.
Segundo explica o município, “a Casa e Quinta da Covilhã é considerada uma das obras mais importantes de Fernando Távora, sendo responsável pelo seu o restauro e reabilitação”.
A autarquia lembra que o arquiteto, “apesar de nascer no Porto, onde se licenciou em Arquitetura, na Escola Superior de Belas Artes, teve uma forte ligação à cidade de Guimarães e dedicou muito do seu tempo à Casa da Covilhã, em Fermentões, onde, de resto, viria a estar em câmara ardente, quando faleceu, em setembro de 2005”.
Fernando Távora, salienta o texto, “foi um dos maiores vultos da Arquitetura Contemporânea Portuguesa, fundador e Mestre da chamada Escola do Porto”, tendo feito “a síntese entre a arquitetura tradicional nacional e a arquitetura moderna internacional”.
Em 2003, a Câmara Municipal de Guimarães reconheceu a “importância dos serviços prestados” pelo arquiteto ao concelho, tendo-lhe concedido a Medalha de Ouro da Cidade.