Cávado
Família torturada em Barcelos, acusada de calúnias, ainda espera pela investigação da PJ
Crime foi quase há um ano e continua sem castigo
O crime do casal e seu filho barbaramente agredidos e roubados durante uma madrugada, dentro da sua própria moradia, em Barcelos, está a extremar os ânimos entre duas famílias, pois decorrido quase um ano a Polícia Judiciária (PJ) de Braga ainda não resolveu o caso.
No próximo dia 23 de fevereiro completa-se um ano sobre um dos crimes de agressões mais bárbaros de que há memória em Barcelos, e o arquivamento do processo é quase certo.
As buscas da PJ de Braga a diversos membros de uma família de Barcelos, realizadas em junho de 2022, afinal não deram em nada, e acabaram por acicatar os ânimos já de si exaltados.
Agora, há uma família agredida à marretada quando dormia em casa, na freguesia de Igreja Nova, em Barcelos, que não se cansa, mas sempre em vão de pedir justiça, e que sejam detidos todos os culpados, não só pelas bárbaras agressões, como pelo roubo.
E outra família, de freguesias vizinhas de Barcelos, que teve buscas domiciliárias e também nos seus estabelecimentos comerciais, passando um dia inteiro na PJ de Braga, sem qualquer mandado de detenção.
O problema começou quando no primeiro dia do verão do ano passado, a 21 de junho de 2022, cinco homens e três mulheres foram alvo de buscas às suas casas, automóveis e estabelecimentos comerciais, mas aparentemente terá sido tudo sem fundamento.
As ditas diligências policiais, com condução dois oito buscados, residentes em Barcelos, até à Polícia Judiciária de Braga, de onde só saíram ao fim da tarde, cerca das 18 horas, levou a boatos na terra, queixaram-se cinco dos ducados.
Os cinco queixosos acusam as vítimas dos crimes das agressões e roubos de alegadamente dizerem que estes são os autores dos crimes. O advogado barcelense Álvaro Matos Martins, em representação dos cinco, já entregou uma queixa no DIAP.
Já o advogado bracarense João Ferreira Araújo, que representa as vítimas dos crimes de banditismo, fazendo uso do contraditório, diz que quem fez buscas não foram os seus clientes (os agredidos), mas a Polícia Judiciária, o Ministério Público e o juiz de instrução criminal.
De resto, ambos os causídicos minhotos são unânimes em que os rumores públicos em Barcelos só começaram com as buscas frustradas da PJ de Braga, um advogado dizendo que as vítimas nomearam os buscados e o outro negando-o terminantemente.
Álvaro Matos Martins considera que os agentes da PJ de Braga “foram muito temerários na decisão que tomaram das detenções sem mandado que levaram a cabo e tendo sido inclusivamente sujeitos a reconhecimentos policiais dentro das instalações da Polícia Judiciária de Braga, desde manhã cedo até às 18 horas, sempre contra a sua vontade”.
Na queixa criminal que os buscados apresentaram contra as vítimas dos crimes, aquele causídico barcelense refere que “foram emitidos diversos mandados de busca e de apreensão, ao que seguiu a sua detenção para prestarem declarações na PJ”.
“Pese embora os buscados tenham sido constituídos arguidos, nenhum motivo pesava para que lhes fosse aplicada medida de coação diferente do termo de identidade e residência, motivo pelo qual saíram naturalmente em liberdade”, diz este advogado.
João Ferreira Araújo, representante das vítimas das agressões e roubos no seu leito, não só nega que tenham sido os seus clientes a nomear os buscados como autores dos crimes, como “se houve rumores foi só depois da atuação da PJ”.
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