Braga
Barraqueiro adia comboios Braga-Faro para janeiro de 2029
Arranque era este mês, mas há “falta de capacidade” na ferrovia portuguesa
A companhia portuguesa de transportes ferroviários CP só enfrentará concorrência quando a primeira fase da nova linha Porto-Lisboa estiver concluída, isto porque o grupo Barraqueiro, que tinha previsto para este mês o início da circulação de 22 novas ligações diárias, sete delas entre Braga e Faro, adiou sua entrada no mercado ferroviário para 01 de janeiro de 2029 devido à falta de capacidade do país em acomodar novos operadores.
De acordo com o jornal ECO, o grupo Barraqueiro apresenta-se com o nome B-Rail, uma empresa constituída em janeiro de 2021 dedicada exclusivamente ao transporte ferroviário, mas desde a sua criação já notificou por três vezes a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) com adiamento da data prevista, por falta da capacidade na infraestrutura portuguesa.
No notificação inicial, em abril de 2021, apresentou plano de nove comboios a fazerem 22 ligações diárias no país, seis delas entre Braga e Faro, a iniciar este mês de janeiro. Cada comboio teria uma locomotiva e oito carruagens, com velocidade máxima de 190 km/h. No final do mesmo ano, foi remetida outra notificação com a proposta de 24 viagens diárias, mas com comboios de alta velocidade, até 330 km/h. A data de arranque seria em janeiro de 2025.
Ao ECO, um dos administradores da B-Rail justifica o adiamento com problemas de capacidade da infraestrutura rodoviária portuguesa. Entretanto, e no mês passado, o grupo notificou novamente a AMT com outra proposta, desta vez em tudo semelhante à anterior, alterando apenas a data de arranque para janeiro de 2029, comprometendo-se a disponibilizar o serviço ao longo de 27 anos.
O grupo Barraqueiro encontrava-se em negociações para adquirir carruagens espanholas “Talgo”, que até 2020 eram utilizadas no Sud Express, linha que ligava Portugal a França desde 1887, mas que ficou suspensa por causa da pandemia e não mais foi reativada. Para fazer a ligação Braga-Faro, o grupo estimava precisar inicialmente de entre 250 milhões e 300 milhões de euros, com a aquisição dos comboios a ser a fatura mais pesada.
João Carvalho, do IMT, sublinhou a propósito da primeiro proposta do grupo Barraqueiro que, com o livre acesso às redes ferroviárias dos Estados membros da União Europeia em termos de transporte de passageiros, qualquer operador pode solicitar o acesso à infraestrutura ferroviária nacional, “desde que obtenham adequadas licenças de acesso à atividade e certificados” junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.
Os operadores interessados têm ainda de solicitar ao gestor da infraestrutura, a Infraestruturas de Portugal (IP), os canais e horários pretendidos e será a IP “que deverá aferir a disponibilidade da via e das estações”, explicou, algo que, percebe-se agora, apenas terá resolução já perto do final da década.
O Grupo Barraqueiro é um grupo privado português responsável por mais de 30 empresas no ramo de transportes em Portugal. Opera com uma frota de mais de três mil veículos pesados, para além da concessão da linha ferroviária sobre o Tejo e da concessão do Metro Sul do Tejo.
-
PaísHá 2 dias
Euromilhões: Prémio de 281 mil euros saiu em Portugal
-
BragaHá 1 dia
Casas em frente ao escadório do Bom Jesus de Braga à venda por 62 bitcoins
-
GuimarãesHá 22 horas
Hummer estacionado atrai curiosos em Guimarães
-
Viana do CasteloHá 23 horas
Empresário de Viana abre negócio de bolhas com jacuzi em Trás-os-Montes