A Câmara Municipal de Guimarães quer cortar o transito no Centro Histórico da cidade a partir da primavera de 2016, anunciou esta quinta-feira o vice-presidente da autarquia, que considerou a medida “fundamental” para alterar o “paradigma ambiental” vimaranense.
Em declarações, à margem da apresentação do programa “Guimarães mais Floresta”, Amadeu Portilha deu conta de que a autarquia está encetar conversações com moradores e associações do Centro Histórico, afirmando compreender que a medida “não agrade a todos”.
“Temos a convicção profunda de que a mudança de paradigma ambiental que queremos para Guimarães e a necessidade que temos de conferir maior qualidade de vida aos utentes do centro histórico passam por completar aquilo que iniciamos há muitos anos, a pedonalização total da zona histórica qualificada”, afirmou.
Segundo o responsável, “o encerramento do trânsito no Centro Histórico é, de facto, fundamental para a mudança de paradigma que queremos em termos de mobilidade, captura de carbono, uma cidade mais agradável” para habitar.
Portilha apontou mesmo uma meta: “Até à primavera de 2016 temos que ter uma solução desenhada e implementada”.
O responsável lembrou que “uma parte substancial” da circulação naquela zona histórica de Guimarães “já está cortada” e questionou se “valerá apenas ter mil ou dois mil carros a entrar por dia no Centro Histórico e a sair sem estacionar ou parar, porque também não há lugares para isso”.
No entanto, o vice-presidente vimaranense admitiu que esta será uma medida “que provocará várias reações, nem todas favoráveis”.”
A câmara está já em conversações com a Associação Comercial de com os moradores.
“Há uma série de condicionantes que têm que ser trabalhadas, e estão a ser no sentido de agilizarmos isto”, finalizou Amadeu Portilha.