Declarações após o jogo Vitória SC – Boavista (1-0), da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:
– Álvaro Pacheco (treinador do Vitória SC): “Foi uma vitória mais do que merecida e justa. Fizemos uma primeira parte ‘monstruosa’. Queríamos regressar às vitórias, ainda mais em casa. Queríamos muito ganhar. Dominámos todos os aspetos da primeira parte. Não me lembro de o Boavista chegar à nossa área na primeira parte. Tivemos oportunidades para chegar ao intervalo a vencer por mais golos.
Ao intervalo, ao falarmos entre nós, sabíamos que o Boavista não ia desistir, que podia, numa bola parada ou numa transição, ser capaz de nos ‘ferir’ e de se empolgar. Na segunda parte, também tivemos oportunidades. Quando não marcamos o segundo, gera-se algum ‘frisson’, alguma incerteza. Mas a vitória foi mais do que justa e poderia ter acontecido por dois golos de diferença.
Temos um sentimento de orgulho pelo nosso percurso. A equipa tem dado sempre uma resposta fantástica. Temos de continuar focados no nosso crescimento, jogo a jogo. Temos um desejo muito grande de conquistar os três pontos no sábado [na visita ao Rio Ave]”.
– Jorge Simão (treinador do Boavista): “Na primeira parte, foi muito difícil chegar à área adversária. O Vitória teve muito domínio territorial, mas, à exceção de um golo, um lance à parte, não me lembro de uma oportunidade de golo. Foi uma primeira parte inibida.
A segunda parte foi diferente. Mesmo depois da expulsão, quer os jogadores titulares, quer os jogadores que entraram estiveram a um nível altíssimo e foram à procura do golo. Não é fácil para nenhuma equipa chegar a este estádio e fazer o que fizemos. Tentámos o golo até ao último segundo.
Estamos num contexto muito específico, na reta final do campeonato, na luta pelos objetivos a conquistar [manutenção]. Tínhamos em campo dois centrais em risco de ficarem de fora do próximo jogo [a propósito da saída de Rodrigo Abascal na primeira parte]. A saída do Vukovic [também ao minuto 38] aconteceu, porque os ‘timings’ da pressão estavam desajustados e estávamos a perder muitas bolas”.