Candidato à presidência da câmara em Guimarães, André Coelho Lima (PSD/CDS/PPM), da coligação Juntos Por Guimarães, tem objetivos bem claros. O advogado e gestor de 43 anos quer modernizar a cidade e reconquistar a importância empresarial, segundo ele, perdida. Veja abaixo as respostas do político ao O Minho.
Como apresentaria o seu concelho a uma pessoa de fora.
Guimarães tem um centro histórico que é único e excecional à escala do mundo, por isso é Património Cultural da Humanidade. Somos a cidade fundadora da Nação mais antiga da Europa, Portugal. Somos uma cidade de gente acolhedora que ama a sua terra. A cidade mostra e respira 900 anos de história. A presença da Universidade do Minho com cursos tecnológicos é um centro avançado e vivo de conhecimento.
Guimarães além da idade tem 48 núcleos (freguesias) constituindo um concelho moderno, com empresas em que a indústria mais tradicional compete com a mais moderna e tecnológica.
Como povo somos gente trabalhadora e empreendedora com uma identidade muito forte com a história e os valores de Guimarães. Esta identidade será das mais genuínas e fortes do nosso País. Somos uma média cidade em termos europeus aberta ao mundo e ao futuro.
Como avalia o mandato do presidente da Câmara?
A avaliação do mandato do Presidente de Câmara compete aos vimaranenses.
Quais são as suas prioridades para o futuro do seu concelho?
Guimarães foi um dos maiores centros industriais do País. Nos últimos anos, pouco a pouco, perdeu esse estatuto. É frequente vermos empresas a deslocalizarem-se de Guimarães por falta de espaço para se desenvolverem. Temos de reconquistar a importância empresarial que o Concelho já teve. Defendo a construção de cinco novas zonas empresariais (S. Torcato, Ponte, Ronfe/Brito, Pevidém e Moreira de Cónegos). A par da diplomacia económica e da agressividade fiscal, os novos parques empresariais são uma prioridade relevante. Guimarães deve assumir o objetivo de se transformar na terceira cidade de Portugal. Temos potencialidades para tal desiderato. Apresentamos dois grandes projetos estratégicos para este objetivo. O primeiro para modernizar a cidade, ordenando o tráfego e revitalizando o comércio de proximidade, com estacionamento subterrâneo e um túnel. O segundo com quatro avenidas urbanas de interligação da Cidade com os principais centros urbanos (Taipas, S. Torcato, Pevidém e zona Sul). Estes projetos são também prioritários.
Como pretende fazer o diálogo com os concelhos vizinhos?
Hoje as cidades e os concelhos competem entre si na atração e fixação de empresas, em garantir grandes eventos internacionais e em atrair turistas e visitantes. A minha postura será a de defender acima de tudo os interesses de Guimarães e dos Vimaranenses. Por outro lado, hoje é fundamental sermos capazes de criar sinergias, de estabelecer parcerias e de trabalhar em rede com os nossos vizinhos territoriais, mas também com outras cidades no país, na Europa e no mundo que têm realidades semelhantes. Nesta perspetiva a minha postura será de abertura e de diálogo. Um diálogo franco e aberto para uma cooperação que traga vantagens para todos.
*O Minho tentou contato com todos os candidatos do concelho