O jovem dirigente antifascista Jonathan da Costa Ferreira, conhecido ativista dos direitos humanos e fundador da Frente Unitária Antifascista, apresentou queixa-crime por ter sido alvo de duas tentativas de atropelamento consecutivas, na freguesia de Gualtar, em Braga, após o que foi perseguido a pé, até ao Monte de Baixo, por dois homens.
Jonathan da Costa Ferreira garante ter reconhecido um deles, um neonazi portuense, e ainda tinha um terceiro atacante, não reconhecido por nunca ter saído do automóvel, um Renault negro, que junto ao Cemitério Paroquial de Gualtar em poucos segundos investiu o carro contra ele, primeiro de frente e depois de marcha-atrás.
Apesar de residir atualmente em Braga, Jonathan da Costa Ferreira é natural da cidade do Porto, onde residiu até há cerca de dois anos e meio, desenvolvendo uma intensa atividade de denúncia contra o fascismo, a xenofobia, o racismo e outros fenómenos, levando a que já em 2016 tenha escapado a uma tentativa de agressão no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
As investigações criminais da Unidade de Contra Terrorismo, da Polícia Judiciária, ainda decorrem por causa da tentativa de homicídio no Porto, tendo-lhe sido anexada a queixa, entretanto, por novo ataque, cometido esta sexta-feira, ao final da tarde, na Rua Monte de Baixo, em Gualtar, a que Jonathan da Costa Ferreira só escapou porque fugiu para a bouça e ambos os perseguidores terão receado entrar na mata, com a escuridão a dominar a zona.
A vítima, de 29 anos, solteiro, metalúrgico, trabalha numa serralharia em Gualtar, estando convencido que já andariam a seguir-lhe os passos e não considera ter sido coincidência o ataque surgir logo um dia após Jonathan da Costa Ferreira ter emitido um comunicado, solidarizando-se com a comunidade do Bairro da Jamaica, no Seixal, ao mesmo tempo condenando movimentos racistas e fascistas que, na sua opinião, estão por trás de toda a agitação que tem vivido os últimos dias em Lisboa e na Margem Sul entre grupos e a PSP.