A adesão à greve nos Transportes Urbanos de Braga (TUB) ronda os 98%, disse a O MINHO fonte sindical.
Dos mais de 100 autocarros, “apenas três” estão a trabalhar, sublinha Nuno Braga, dirigente nacional do STAL e delegado sindical dos TUB.
Grande parte dos trabalhadores esteve, na manhã desta sexta-feira, de piquete à greve nas instalações da empresa pública.
Entre as reivindicações estão aumentos salariais, aumento do subsídio de alimentação ou a reposição da forma de pagamento das horas.
“Tudo o que seja para melhorar as condições dos trabalhadores, porque com a inflação que a gente vive não dá, os trabalhadores sentem na carteira”, aponta Nuno Braga.
A greve foi convocada para hoje, a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública no próximo ano.
A Frente Comum de Sindicatos exige aumentos salariais de “10% ou um mínimo de 100 euros” para a administração pública no próximo ano e acredita que ainda há tempo para negociar com o Governo, apesar de a votação do OE2023 acontecer já na próxima semana.
“Considerando que os colaboradores que exercem funções nesta empresa estão abrangidos pelo Aviso Prévio de Greve e dado que a participação dos trabalhadores nesta ação poderá impossibilitar a realização dos serviços de carreiras no dia suprarreferido, pedimos a compreensão dos clientes pelos transtornos que eventualmente esta greve possa vir a causar”, conclui a empresa.