A Câmara Municipal de Ponte de Lima aprovou por unanimidade, na reunião realizada esta semana, e por proposta do presidente da Câmara, Victor Mendes, uma declaração de protesto à Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP) no que se refere a uma das principais vias de acesso à vila, a EN 203.
“A EN 203 (Via do Foral Velho de D.ª Teresa) continua a ser uma das principais preocupações do município no que diz respeito à segurança rodoviária no concelho. A via em causa, da jurisdição da Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP) consiste num dos principais acessos à Vila, integrando uma malha urbana plenamente consolidada, onde se localizam diversos espaços e equipamentos públicos educativos e desportivos, bem como, estabelecimentos de comércio e de serviços. A EN 203 apresenta-se, por isso e neste contexto, totalmente descaracterizada, mas a questão mais premente prende-se com a segurança rodoviária com especial destaque para os peões“.
Desde 2013, são 75 acidentes, com 28 feridos e um morto no local. No passado dia 22 de novembro registou-se mais um novo acidente, tendo resultado em duas vítimas com ferimentos considerados graves.
De acordo com o documento aprovado, a autarquia informa que “foram já várias as diligências feitas por parte deste município e ao longo dos anos, junto da IP no sentido de se concretizar a intervenção prevista para aquela Estrada Nacional, mas até à data nada foi feito, perguntamo-nos quantos acidentes, vitimas e mortes terão de ocorrer para que se concretize a tal ambicionada intervenção por parte daquela entidade. A inexistência de resposta a este problema traz consigo uma fatura demasiado cara, não haverá certamente nada que possa neste momento recuperar os danos e sofrimento causados a muitos dos nossos cidadãos”.
A IP desenvolveu um projeto de intervenção assumido pelo anterior presidente do conselho de administração, António Ramalho. A intenção é a construção de duas rotunas.
“O município entende que existe uma necessidade urgente de intervir neste espaço, requalificando-o e valorizando-o, estamos, por isso, dentro daquilo que nos é permitido e caso haja parecer favorável da IP, dispostos a intervir na qualidade e segurança dos espaços dedicados à circulação dos peões (passeios) e bicicletas (ciclovias), resta no entanto a criação, de forma articulada e integrada, das condições de circulação e segurança na faixa de rodagem e atravessamentos da via”.