O Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução que vai permitir a instalação de plataforma marítima de produção de eletricidade ao largo de Viana do Castelo, no âmbito do denominado projeto eólico Windfloat.
“Pretende-se, assim, concretizar o projeto de produção de eletricidade em fase pré-comercial, denominado Windfloat, através da criação de condições para assegurar a sua ligação à rede elétrica pública e o licenciamento, até 18 de dezembro de 2016, bem como promover à alteração da localização da zona piloto das ondas, situada ao largo de São Pedro de Moel, para Viana do Castelo, com vista à sua revitalização”, anunciou o Governo, num comunicado oficial.
Coordenado pela EDP, através da EDP Renováveis, “o WindFloat é desenvolvido por um consórcio que integra o parceiro tecnológico Principle Power, a Repsol, a capital de risco Portugal Ventures e a metalúrgica A. Silva Matos“.
Em junho passado, a EDP explicava “estar concluída a fase de testes, que decorreu durante cinco anos no mar, estando em fase de conceção o projeto do primeiro parque eólico ‘offshore’ flutuante com esta tecnologia”, designado WindFloat Atlantic”, cuja instalação em Viana do Castelo foi hoje formalizada pelo Governo.
O futuro parque, adiantou na altura a EDP, “tem já comprometidos fundos nacionais de Investigação & Desenvolvimento (I&D) e europeus, ao abrigo do programa NER 300”.
Para o administrador da EDP Inovação, Luís Manuel, citado naquela nota, “o WindFloat é o mais bem-sucedido projeto de I&D na área das renováveis ‘offshore’ em Portugal, posicionando o país e os parceiros envolvidos na liderança mundial da tecnologia eólica offshore flutuante”.
“Acreditamos que no futuro haverá muitos mais parques ‘offshore’ flutuantes no mundo”, acrescentou o gestor da EDP.
Segundo a empresa, com a conclusão da primeira fase de testes do WindFloat, um protótipo pioneiro de produção de energia eólica assente numa plataforma em pleno mar junto à Póvoa do Varzim, a eólica será rebocada de regresso ao porto.
“No seu lugar, na Aguçadoura, será instalada uma nova tecnologia. O projeto WindFloat terá continuidade uns quilómetros a norte, em Viana do Castelo, onde será instalado o primeiro parque eólico ‘offshore’ flutuante com esta tecnologia, um projeto que permitirá preparar toda a cadeia de valor para a posterior entrada em fase de exploração comercial”, explicou.
Os testes realizados durante cinco anos, defendeu a EDP, “provaram a fiabilidade da solução tecnológica em condições climatéricas adversas, tendo resistido a ondas com mais de 17 metros e ventos superiores a 60 nós”.
“Tempestades marítimas que não comprometeram a capacidade de produção da turbina eólica assente numa plataforma flutuante. Único no mundo, o WindFloat gerou e injetou na rede elétrica nacional mais de 17 GWh, demonstrando elevados níveis de disponibilidade“, frisou.
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