Depois de o primeiro-ministro ter anunciado a abertura da Unidade de Hemodinâmica do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães (HSOG), para novembro, o autarca vimaranense considera o “assunto resolvido”. O serviço, indispensável para salvar vítimas de enfarte e AVC, está pronto desde 2018, mas continua à espera de ser inaugurado. Entretanto, os doentes são encaminhados para Braga e Gaia.
A Unidade de Hemodinâmica do HSOG, foi um investimento de 2,5 milhões de euros, oferecido por particulares e empresas, mas nunca funcionou porque não faz parte da rede de referenciação do SNS. António Lourenço, diretor do serviço de cardiologia do HSOG já veio defender que “não funciona por falta de vontade política”. O médico reconhece que os tramites burocráticos podem não ter sido seguidos, mas lembra que se trata de “salvar vidas”.
O assunto volta a ter atualidade depois de o deputado vimaranense do PSD, André Coelho Lima, aproveitar a vacatura no ministério da Saúde, após a saída de Marta Temido, para questionar diretamente António Costa sobre a matéria. Marta Temido, em sede de discussão do Orçamento de Estado para 2022, tinha prometido que o serviço começaria a funcionar até ao verão.
Na resposta, o primeiro-ministro afirma que a Unidade entrará em funcionamento “no mais curto espaço de tempo possível, no limite durante o próximo mês de novembro”.
A oposição social-democrata questionou o presidente da Câmara, Domingos Bragança, sobre o valor da palavra dos membros do Governo. O autarca relembrou que já reuniu com três ministros da Saúde sobre o tema. “Agora foi o primeiro-ministro que falou, portanto, acho que desta vez vai mesmo entrar em funcionamento”, disse. “Mas, já devia estar há três anos”, acrescentou.