A candidata do Livre à Câmara de Braga, Teresa Mota, disse estar preocupada com a situação do Recolhimento das Convertidas e do Estádio 1.º de Maio, após uma reunião com representantes da ASPA – Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural.
No encontro com Teresa Barbosa e Manuel Sarmento, representantes da ASPA, Teresa Mota constatou que, “nesta área, os interesses do privado se sobrepõem quase sempre ao interesse público”.
A candidata destacou da conversa “as ameaças a património tão significativo e já classificado como o Recolhimento das Convertidas e o Estádio 1.º de Maio”.
“No primeiro caso, a autorização dada para construção de um hotel de elevada volumetria na área contígua ao imóvel classificado coloca em causa não apenas a delicada estrutura do mesmo como faz temer a degradação da sua Zona Especial de Proteção e de outras similares com que se cruza no local. A falta de conhecimento da realização de estudos geológicos, geofísicos e outros prévios faz prever o pior”, considera, citado em comunicado enviado a O MINHO.
Em relação ao Estádio 1.º de Maio, a candidata salienta “que é notório o abandono a que tem sido votado pelo executivo municipal, ao mesmo tempo que se avolumam as dúvidas sobre o seu destino” que, no entender da candidata, “só pode passar pela sua efetiva salvaguarda e valorização enquanto Monumento de Interesse Público”.
A ASPA destacou ainda questões que Teresa Mota considera da maior relevância na salvaguarda do património cultural e natural do município e que constam enquanto medidas do programa eleitoral do LIVRE às próximas eleições autárquicas, como “a identificação e cadastro do edificado urbano e rural significativo; a realização de estudos geológicos e arqueológicos sempre que haja intervenções que se situam em zonas históricas ou na área de imóveis de interesse patrimonial; a criação de um Regulamento de Gestão do Arvoredo Municipal”.