O Tribunal de Braga agendou para 14 de dezembro a leitura do acórdão do julgamento de 16 pessoas, cinco deles de Amares, acusadas de tráfico de droga.
De acordo com o advogado João Ferreira Araújo, de Braga, nas alegações finais, o Ministério Publico pediu que seja feita justiça, sem sugerir uma pena em concreto, tendo a maioria dos defensores dos arguidos solicitado que lhes seja aplicada uma pena, mas suspensa na sua execução para os principais arguidos.
O grupo foi acusado pelo Ministério Público do Tribunal de Braga de traficar droga em Amares, Terras de Bouro, Vila Verde, Braga, Póvoa de Lanhoso, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Famalicão e Porto.
A acusação diz que vendiam cannabis (resina), heroína, cocaína e MDMA, para consumo ou revenda. Concluiu que Gonçalo Martins, tido como um dos principais arguidos, vendeu drogas entre 2014 e 2018, fazendo-o a partir de contactos telefónicos com consumidores e revendedores. Para tal, quer ele quer outros arguidos, usavam linguagem codificada, com expressões como tomar café, beber um fino, traz tabaco, arranja peixe, etc.
O MP acrescenta que vendeu em diversos locais do concelho de Amares, nomeadamente junto ao rio em Figueiredo, nas imediações do estabelecimento «Soccer place», em Besteiros, e nas imediações do café Variações, em Ferreiros. Transacionou, ainda, estupefacientes, a 18 pessoas, em vários locais da vila mormente perto da escola secundária.
Já o arguido Carlos Oliveira terá traficado, entre 2015 e 2019, produtos que também comprava ao Gonçalo Martins. O Carlos, juntamente com o arguido Luís Teixeira comprava a vendedores em Braga – a dois homens com as alcunhas de Ciga e Xuxu – e no bairro do Aleixo, no Porto.
Para além dos telemóveis, recorriam às redes sociais, entre as quais o Messenger, o Instagram, o Whatsapp, o Snpachat, e o Telegram, entre outros.