Declarações após o jogo Gil Vicente-Sporting (0-2), da segunda jornada do Grupo C da Taça da Liga de futebol, disputado hoje no Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos:
Vítor Oliveira (treinador do Gil Vicente): “Os resultados são sempre justos, mas os nossos jogadores mereciam mais por aquilo que fizemos durante os 90 minutos. Sabíamos que íamos ter uma quebra física na parte final e não contava que nos desorganizássemos. Deixámo-nos surpreender nos últimos minutos com dois golos, mas o Sporting não tem culpa nenhuma dos erros que cometemos.
Mudámos aqueles jogadores que entendemos que precisavam de descansar. Contra o Sporting fizemos um esforço tremendo no jogo de domingo e tivemos de gerir. Por outro lado, era uma oportunidade para ver alguns jogadores pouco utilizados e fazer uma aferição numa situação mais competitiva.
A nossa forma de jogar manteve-se. O jogo foi equilibrado. O Sporting teve mais bola e mais tempo no nosso meio-campo, mas sem criar grandes situações. Foi um jogo lento entre uma equipa com pouco ritmo de jogo e outra com uma série de jogadores que vinham de três jogos seguidos em sete dias.
No primeiro jogo perdemos em casa perante uma equipa sensivelmente igual à nossa [2-1 com o Portimonense]. Isso ficou-nos muito caro e criou-nos logo o problema de termos de ganhar ao Sporting e ao Rio Ave. Não era uma missão impossível, mas era muito difícil.
Deixaria amargo de boca se fôssemos muito melhores que os nossos adversários ou houvesse fatores extra-jogo que nos impedissem de conseguir os resultados pretendidos, mas nada disso aconteceu. No primeiro jogo perdemos no último minuto e hoje sofremos dois golos nos últimos minutos. Atendendo aos resultados, não merecíamos seguir em frente nesta competição.”
Jorge Silas (treinador do Sporting): “Era importante ganharmos para acalentarmos o objetivo de estar na ‘final four’. Foi um jogo muito similar ao de domingo. Tivemos o controlo do jogo e muitas ocasiões, mas desta vez não cometemos tantos erros defensivos e acabámos por ganhar de maneira natural.
Para nós é difícil fazer tantos jogos seguidos e termos poucos dias para preparar o desafio seguinte e jogar contra adversários que têm a semana toda para descansar. Acho que tem muito a ver com o aspeto físico e com o tempo para preparar as equipas, embora não possa ser desculpa.
[O Acuña] É um jogador que vive muito o jogo. Tem que controlar melhorar essa parte, porque por vezes comete alguns excessos e pode prejudicar a equipa. Terei de falar com ele, mas não é nada que também não me tenha acontecido enquanto jogador.
Respeito muito a opinião dele, para mim é um professor com quem aprendo muito. Mas não estou aqui para comentar a opinião do Vítor Oliveira. Os meus jogadores mostraram qualidade e foi por isso que ganhámos. Respeito, sou treinador e ele é meu colega.
Não vou falar do mercado. Ainda faltam muitos jogos até lá e não é altura para isso. Em janeiro haverá ocasiões para falar sobre o mercado, mas agora só comento o jogo.”