O início dá-se pela Rua da Boavista e depois de se passar por ruas e igrejas de Braga, esperando não cair nas ‘garras’ da polícia, o fim acontece na Avenida Central. Pelo meio, ainda se pode tomar um café no ‘Bragaparque’, comprar o Theatro Circo ou os TUB’s, pagar imposto municipal ou saldar dívidas com a Agere.
Chama-se ‘Bragapólio’ e é um jogo de tabuleiro que adapta o conceito do Monopólio e das Trivialidades à cidade de Braga.
Os jogadores podem assumir vários papéis: o sobrevivente Romano Augusto, o milagreiro S.Geraldo, o negociador D. João Peculiar, um Bracaro Guerreiro, uma sonhadora Universitária, a protetora N. Sª do Leite ou simplesmente uma encantadora Minhota.
Depois é atirar os dados, começar a jogar e gastar, com moderação, os dinários, a moeda oficial.
Ana Farinha, da Globalmídia, é a autora e criadora do “Bragapólio”. Tudo começou “há muitos anos” quando a filha, hoje com 20 anos, tinha um trabalho da escola para fazer em casa.
“Pegamos num jogo da glória e criamos outro baseado no 25 de Abril porque esse era o objeto do trabalho”, conta a O MINHO.
Desenhado pela filha, este primeiro esboço “foi um sucesso, os miúdos gostaram e andavam sempre a jogar”. A base para uma ideia inovadora estava lançada e o ‘Bragapólio’ foi crescendo.
“Uma das coisas que queria, desde início, era juntar vários tipos de jogos e os mais famosos eram o Monopólio e o Trivial Pursuit. Portanto, o jogo começou a ser desenvolvido com base nestas duas premissas”.
Made In Braga
Todo o jogo é feito em Braga, “desde o tabuleiro, passando pelos cartões e acabando nas peças, foi tudo realizado por empresas de Braga, com as parcerias que fomos desenvolvendo, nomeadamente com a Bramp para a criação das peças, em plástico, com as personagens do jogo”.
Segundo Ana Farinha, “a determinada altura, criou-se uma dinâmica tão gira que uns queriam saber como tinha ficado o trabalho dos outros”.
O jogo vai ser apresentado, oficial e publicamente, em breve mas já está à venda em livrarias, no Posto de Turismo, no Theatro Circo, nos TUB’s, on-line e na loja física da Globalmidia. Custa 25 euros.
O MINHO experimentou o jogo
Esta adaptação tem algumas particularidades, a começar pelo número de jogadores que podem ser oito. Depois, a gestão do dinheiro é mais cuidada obrigando a pensar melhor na forma de gastar os ‘dinários’.
Destaque ainda para o fato de ter ‘casas’ com perguntas sobre a história da cidade o que lhe acrescenta uma dinâmica diferente. Finalmente, a duração do jogo é, também, ligeiramente inferior ao tradicional monopólio.
O ‘Bragapólio’ permite aprender a cultura, povo e tradições da cidade de Braga, a conhecer as ruas da cidade e a importância do mercado mobiliário, percebendo os locais mais caros e mais baratos e a agir em conformidade com isso.