Declarações dos treinadores do Rio Ave e do Vitória SC, Luís Freire e Álvaro Pacheco, no final da partida da 32.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que os vila-condenses venceram por 2-1.
Álvaro Pacheco (treinador do Vitória SC): “Vendo apenas o resultado diria que é um desfecho injusto, porque o Rio Ave fez dois remates e conseguiu dois golos.
A primeira parte até foi equilibrada, entre duas equipas que taticamente estiveram perfeitas, anulando-se e criando oportunidades.
Ainda chegamos a fazer um golo, que foi anulado por fora de jogo, e na resposta o Rio Ave foi feliz e inaugurou o marcador. Isso condicionou o desenrolar da nossa partida.
Tivemos de ir atrás do marcador e a equipa até foi capaz, mesmo jogando contra um grande adversário. Tivemos oportunidades para fazer o 1-1, mas ao não conseguirmos acabámos por sofrer novo golo.
O Rio Ave sentiu-se então mais confortável, mais ainda tivemos boas chances para relançar o jogo. Chegamos ao 2-1, mas sinto que o adversário foi feliz e que o Vitória de Guimarães merecia outro resultado.
[sobre semana atribulada] Quem está no futebol sabe que este tipo de situações acontece. Os grupos têm de estar imunes a isso e estar preparados para lidar com isso”.
Luís Freire (treinador Rio Ave): “Jogo muito tático, com as duas equipa encaixadas, com algumas ansiedade, mas que conseguimos dividir. Não primeira parte não houve muitas chances, mas o Joca fez um grande golo.
Ao abrirmos o marcador, a equipa ficou mais serena, a controlar o adversário e sentiu que ao intervalo o resultado se ajustava.
Para a segunda parte, demos indicações que tínhamos de estar serenos. Sabíamos que o Vitória ia ceder alguns espaços e tínhamos de ganhar bola, sendo competentes e coordenados.
Acabamos por fazer por definir bem o lance que nos deu o 2-0 e isso deu-nos ainda mais estabilidade emocional.
O adversário ainda tentou reagir, conseguiu o 2-1, mas tínhamos o desafio controlado. Tivemos mérito na vitória e no controlo emocional. Tenho de dar os parabéns aos jogadores por chegarem à importante marca dos 35 pontos.
[sobre o recorde de 10 jornadas sem derrotas] Revela a confiança, a força emocional e o trabalho de todos. É certo que nessa série temos muitos empates, mas isso só acontece porque jogamos sempre para ganhar. Estou muito feliz pela recuperação que conseguimos fazer nesta segunda volta.
[sobre reação de alegria no final] Foi o extravasar da emoção sentida ao longo da época. Este foi um ano complicado, em que só pudemos inscrever jogadores a meio da temporada. Essas dificuldades criaram-nos muitas memórias. Foi difícil recuperar, mas conseguimos”.