Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) vão manter a gratuidade dos passes para alunos até ao 12.º ano do ensino público e passam a incluir a tarifa designada como ‘coroa 2’, que serve cerca de três mil utentes, na ‘coroa 1’, tornando a viagem mais barata para essas pessoas.
Em comunicado, aquele empresa começa por apontar um crescimento no número de utilizadores e no volume de receitas desde o ano de 2014, algo que, assegura, “é situação única no panorama nacional”. No entanto, preparam-se para encerrar o ano de 2020 com uma queda de 45% na receita direta face ao ano anterior, como consequência da situação pandémica.
“A esta luz, e tendo em conta que a promoção do uso do transporte público em detrimento do transporte individual é um dos principais desígnios da política de mobilidade urbana sustentável do Município de Braga, os TUB vão promover uma pequena revolução no seu tarifário para 2021, tendo em vista captar novos públicos e retomar progressivamente a rota de crescimento agora interrompida”, explica a nota enviada à imprensa.
A primeira medida abarca todos os alunos do 10.º, 11.º e 12.º ano que residem a mais de três quilómetros dos estabelecimentos de ensino e todos os alunos do ensino obrigatório que residam a menos de 3 quilómetros dos seus estabelecimentos de ensino (em ambos os casos, que usufruíam um desconto de 50% nos passes), e ainda os alunos até ao 12.º ano do ensino público ou privado que estudam em Braga e que residam noutros concelhos (que apenas beneficiavam de um desconto de 25%).
Ficam apenas excecionados deste regime geral de gratuitidade para os alunos até ao 12.º ano, os alunos do ensino profissional, uma vez que recebem subsídio de transporte no quadro da sua formação.
Relativamente à segunda medida, além do benefício económico direto para quase três mil utilizadores, a mesma corporiza também uma simplificação do modelo tarifário dos TUB, que passa a ser composto pela Coroa 1 (que abarca a zona mais urbana da cidade, onde residem cerca de 140.000 pessoas) e pela Coroa 2, correspondente à atual Coroa 3.
“Deste modo, melhora-se a perceção do tarifário, aumenta-se a facilidade de utilização e possibilita-se uma maior mobilidade, aspetos sempre muito importantes no momento da escolha do modo de transporte por parte dos utilizadores”, explica a empresa.
“A concretização destas medidas tem, além dos fins estratégicos que prosseguem, a sua base nas condições contratuais hoje existentes, seja ao nível do financiamento do PART (a reforçar em 2021), seja por via da celebração da contratualização do serviço de transporte com o Município de Braga”, acrescenta.
“Estas duas medidas, traduzem-se, a números de 2020, numa perda de receita direta de cerca de 350 mil euros, compensada por potenciais incrementos imediatos de utilizadores não estudantes e pelo estímulo ao recurso futuro ao transporte público pela população mais jovem do concelho”, termina a nota de imprensa.