O piloto internacional português Tiago Monteiro revelou esta sexta-feira que poderia ter deixado de correr, de andar e de falar, mas que a pior fase já passou, esperando fazer por ocasião do final do ano cerca de três corridas, para depois voltar em pleno à competição.
Tiago Monteiro explicou que no acidente ocorrido em Barcelona, em setembro de 2017, tem tudo presente até ao momento do choque, adiantando que do impacto resultaram não só um traumatismo craniano, como problemas no olho direito, tendo vindo a ser deste o choque submetido a intervenções cirúrgicas em vários pontos do mundo, mostrando-se ainda muito satisfeito, porque mesmo depois de se ter pensado o pior, “uma recuperação que se admitia demorar para aí uns três anos afinal vai ficar concluída, segundo se espera, em cerca de um ano, para o que contribuiu a parte psicológica e o apoio de todos os fãs”.
Durante uma conferência de imprensa esta tarde, em Vila Real, no âmbito do 49º Circuito Internacional, Tiago Monteiro, no seu estilo habitual, abriu o jogo com os jornalistas, ao ponto de ter admitido “poderia ter deixado de correr, de andar e de até falar”, apontando que “estou quase recuperado, mas não poderia arriscar a participar nestas corridas, o que se por um lado é uma frustração, impunha-se esta decisão, por uma questão de cautelas”.
O tipo de traçado de Vila Real, que a par do de Macau, é dos mais difíceis e arriscados de todo o mundo, ainda segundo Tiago Monteiro, pesou nesta decisão do piloto da Honda, que no final foi saudado pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, autarca que também é piloto de automóveis e um dos grandes entusiastas destas corridas.