O impacto económico total estimado, durante o período da Semana Santa de 2017, em Braga, ascende a 15 milhões de euros, dos quais, 9,5 milhões são imputáveis à festa (deduzido o impacto do turismo de uma semana normal, na mesma época do ano).
O número consta de um estudo da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho que foi divulgado esta quinta-feira em conferência de imprensa, realizada na Sé Catedral pela Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa, liderada por Luís Miguel Rodrigues.
O universitário João Cerejeira revelou que o impacto de 9,5 milhões, “representa o efeito sobre o volume de negócios e traduz um impacto direto, gerado pelas despesas dos visitantes, de cerca de 2,9 milhões de euros, o qual, somados os impactos indiretos e induzidos, aumenta para 7,5 milhões de euros”. Acrescentou que, “o diferencial, resulta da consideração de um impacto mediático na ordem dos 2 milhões de euros”.
A Comissão, “reconhecendo a importância da Semana Santa de Braga, também para o dinamismo económico da cidade, encomendou à Universidade do Minho a elaboração de um estudo de avaliação do seu impacto económico.”
O estudo que se apresenta, corrobora a relevância da cidade de Braga enquanto destino de turismo cultural e religioso, relevância validada pelo Turismo de Portugal, em 2012, ao declarar a Semana Santa de Braga evento de “interesse para o turismo”.
Aquele investigador sublinhou que “o impacto económico estimado baseou-se em dados predominantemente primários, obtidos através da aplicação de questionários aos visitantes e aos agentes económicos da cidade, durante ou relativos ao período da Semana Santa de 2017, complementados com informação sobre o impacto mediático do evento”.
No perfil do visitante, “destaca-se o peso dos visitantes estrangeiros (60%), distribuídos por cerca de 30 nacionalidades diferentes, oriundos principalmente de Espanha (36%), – logo seguido do Brasil – assim como a significativa proporção de visitantes com idades compreendidas entre os 5-64 anos (45%) e com nível de escolaridade superior (entre 55% – nacionais e 73% – estrangeiros), realizando uma despesa média diária de cerca de 79 euros”. Do inquérito realizado junto dos comerciantes, realça-se o aumento generalizado da faturação, sinalizado por mais de 50% dos inquiridos.
Avaliação positiva
A programação da Semana Santa é avaliada de forma muito positiva, sendo recomendada por 99% dos inquiridos. Na programação, destaca-se o papel das procissões e celebrações religiosas como principal foco de atração, com potencial reflexo na assistência aos outros eventos previstos durante essa semana. Esta opinião bastante positiva estende-se à cidade de Braga.
Estima-se que, durante a Semana Santa de 2017, cerca de 64 mil pessoas, não residentes no distrito, tenham visitado a cidade de Braga e que, destas, 22 tenmilham pernoitado na cidade.
Assumindo o orçamento da Comissão da Quaresma e Solenidade da Semana Santa de Braga, como a despesa realizada pelos promotores do evento, e considerando o impacto mediático, “cada euro despedido gerou 103 euros, em termos de volume de negócios”, sublinhou.