A Quinta de Santoinho passará a contar, a partir de hoje, com um novo espaço museológico dedicado a ‘cantadores’ e ‘tocadores’ que marcaram, ao longo das últimas décadas, as cantigas populares do Minho. O anúncio foi feito a O MINHO por Valdemar Cunha, gerente daquele espaço situado em Darque, Viana do Castelo.
A primeira ‘entrada’ no panteão corresponde ao tocador de concertina Vilarinho de Covas, uma figura emblemática que faleceu há sete anos. Ao final desta tarde, uma escultura em cerâmica será inaugurada com a presença dos artistas populares Quim Barreiros e Augusto Canário, figuras vivas da música popular do Alto Minho.
O responsável explica que esta primeira obra de arte, com 2,85 metros de comprimento por 1,80 de altura, foi concebida pelo escultor Mário Rocha, depois de este se ter proposto a esse desafio, como forma de homenagem a um dos “mais emblemáticos tocadores” do Minho.
“Vai ser um momento muito bonito porque o Vilarinho é um dos principais impulsionadores da música popular minhota. Toda a gente se lembra dele nas romarias, Peneda, Serra d’Arga, com a concertina às costas”, recorda Valdemar Cunha.
“No fundo, este será um prémio para a música popular e será com muito orgulho que o Quim Barreiros e o Canário participarão no descerrar da placa, esta tarde”, adiantou o gerente.
Valdemar Cunha explica que a Quinta de Santoinho “não é só arraiais”. “Sempre defendemos estes valores culturais e tradicionais da nossa zona. Os artistas que por cá passam são todos do Minho, como queria o fundador, António Cunha”, sublinhou.
Para além do espaço das festas, a Quinta de Santoinho conta com o museu dos trajes e com o museu dos transportes, onde a historia da mobilidade e do têxtil é aprofundada por entre a cultura minhota.
“Ao longo da pandemia o Santoinho recebeu muitos visitantes para conhecerem este espaço”, retratou.
Sobre o Panteão, que será mais “uma praça”, pois alguns dos visados ainda estarão vivos, Valdemar Cunha reforça que o trabalho será inteiramente do escultor Mário Rocha, e que José Cachadinha, de Ponte de Lima, deverá ser o próximo retratado.