A nova ligação à estação ferroviária de Lordelo, em Guimarães, prevê a instalação de uma rotunda na Estrada Municipal (EM) 644 e custará mais de três milhões de euros, anunciou hoje o presidente da Câmara de Santo Tirso.
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A empreitada terá duas fases, sendo a primeira de construção de uma rotunda, devendo iniciar-se no segundo semestre de 2023 com um prazo de execução de 12 meses. A segunda, que incidirá na ponte sobre o rio Vizela, não acontecerá antes da conclusão da rotunda, prevendo-se que aconteça em 2025, descreve a autarquia.
“Vamos, ainda este ano, avançar com a fase 1 e começar já a projetar a fase 2, nomeadamente avançar com o projeto de execução da ponte e garantir o financiamento, de cerca de 1,6 milhões de euros”, afirmou o presidente da autarquia, Alberto Costa.
O projeto que ligará a freguesia de Vila Nova do Campo, em Santo Tirso, à estação ferroviária de Lordelo, no município de Guimarães, obrigou, segundo o autarca, à execução de uma “adenda ao protocolo estabelecido em 2005”.
Neste contexto, continuou, a Santo Tirso caberá a elaboração do projeto da nova ponte e arruamentos de acesso, lançar o concurso e adjudicar a obra de construção da ponte e dos arruamentos de acesso, enquanto sobre o município de Guimarães incumbe o “reembolsar da parte correspondente ao território de Guimarães – cerca de 700 mil euros à data de hoje”.
“Tivemos ainda de negociar a aquisição de duas parcelas de terreno no lado de São Martinho do Campo – uma de 861 metros quadrados e outra de 7.042 metros quadrados – e também já estamos a negociar a aquisição de duas parcelas de terreno no lado de Guimarães, para acesso à ponte sobre o rio Vizela”, acrescentou o autarca socialista.
Do mesmo modo, continuou Alberto Costa, decorrem “negociações com o Governo, no sentido de haver partilha de responsabilidades financeiras entre Santo Tirso, Guimarães e o Estado”, sendo que a ideia é “garantir o financiamento do projeto da ponte sobre o rio Vizela”.
Alberto Costa anunciou ainda o projeto para requalificar o troço da Via Intermunicipal (VIM) que atravessa o município, numa extensão de 4,2 quilómetros. No total, a VIM tem cerca de 16 quilómetros e atravessa Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Guimarães e Vizela.
Lembrando que a última intervenção realizada na VIM foi em 2011, num investimento de cerca de 200 mil euros, a autarquia pretende agora fazer “uma requalificação profunda, para durar 20/25 anos” apontando o estudo prévio para um investimento na “ordem dos 1,1 milhões de euros”, divididos em “850 mil euros para requalificação do piso, 50 mil euros para drenagem de águas e 200 mil euros para sinalética”.
Lê-se ainda na informação prestada pela autarquia que a estrada foi inaugurada em 1995, com fundos do primeiro quadro comunitário de apoio, esteve sob gestão da Associação de Municípios do Vale do Ave, que tentou passar a gestão para a Infraestruturas de Portugal, sem sucesso, passando, com a extinção da AMAVE, a ser os municípios a suportar os encargos com a manutenção da via.
Alberto Costa revelou estar em estudo se avançam “primeiro com a construção da rotunda e depois a requalificação da VIM ou vice-versa – ou até em paralelo”.
