A cervejaria Letra, com fábrica e sede em Vila Verde, prevê faturar cerca de 2 milhões de euros em 2023, fruto do investimento na abertura de uma nova Letraria (espaço de venda de cerveja) na baixa de Lisboa. A curto prazo, está programada a abertura da primeira Letraria em Guimarães, e os planos apontam para uma segunda loja no Porto.
Dessa forma, em finais de 2022, 30% do negócio dos dois sócios “cervejeiros de Vila Verde” foi adquirido pela C2 Capital Partners, um fundo de investimento privado ligado a negócios da gastronomia, que permitirá, agora, abrir um espaço em Lisboa, situado na baixa, para saciar lisboetas e turistas com o doce malte made in Vila Verde, ADN minhoto que a empresa fez questão de preservar, mesmo com a abertura parcial a privados.
Atualmente com quatro espaços comerciais, três de gestão própria (Vila Verde, Braga e Porto) e um em parceria (Ponte de Lima), Filipe Macieira, um dos dois fundadores e gerentes da Fermentum, que detém as marcas Letra e Letraria, adiantou a O MINHO que a procura por este tipo de produto é mais expressiva nos grandes centros – e é nesses locais que a a empresa quer investir. Mas, para isso, foi preciso abrir a investimento externo.
“Nós abrimos a investimento numa ótica de haver uma entrada de capital com obetivo de fortalecer a empresa e gerar mais poder financeiro para termos uma estratégia mais agressiva no mercado”, indica, apontando como importante a questão da localização: “O facto de estarmos no meio rural, não temos o mesmo poder para chegar à capital da mesma forma, e a nossa ideia é expandir o negócio”.
“A ideia de futuro já há muito tempo que é abrir uma Letraria em Lisboa. Nós sabemos que o mercado está nos centros urbanos, onde há clientes com poder de compra, e para além disso, no caso de Lisboa, há a vertente turística. Todos os nossos passos, tirando em Vila Verde, que é a sede, todos os nosso espaços estão em zonas de afluência turística, porque o cliente estrangeiro dá um valor diferente a este produto, enquanto o consumidor português está em aprendizagem”, considera Filipe Macieira.
A O MINHO, o também engenheiro formado na Universidade do Minho, considera que, para ser em Lisboa, “tem de ser na baixa”, mas ainda “está em questão o negociar e encontrar um parceiro certo que nos permita dar esse passo”. Para já, o passo futuro vai ser abrir uma loja em Guimarães, mas pela mão do mesmo parceiro externo que abriu em Ponte de Lima. Com faturação de 1,2 milhões de euros em 2022, a Letra emprega atualmente 33 pessoas, e prevê atingir um total de 2 milhões de faturação em 2023 já a contar com a expansão para Lisboa.