EM ATUALIZAÇÃO
O Tribunal de Braga absolveu, esta quarta-feira, os quatro alunos da Universidade do Minho acusados do crime de negligência pela queda de um muro que matou outros três alunos daquela instituição, avançou a Rádio Universitária do Minho (RUM).
Segundo o tribunal, não ficou provado que a acção dos alunos provocou a queda daquele muro, conforme defendia o Ministério Público (MP).
Para o MP, “não há dúvida” de que o muro caiu “porque os alunos foram para cima dele”, festejar a vitória numa “guerra de cursos”. “O risco de ruína do muro era notório”, sublinhou o procurador, destacando a “inclinação” que a estrutura apresentava.
Na abertura do debate instrutório, no Tribunal de Braga, aqueles arguidos adiantaram que não se aperceberam do perigo de queda do muro, tendo, por isso, ido para cima do mesmo festejar.
O muro, uma peça de mobiliário urbano que outrora tinha servido para instalação das caixas de correio de um prédio ali situado, caiu e apanhou três estudantes que estavam na base, provocando-lhes a morte.
Os quatro estudantes arguidos confessaram que foram para cima do muro festejar, mas alegaram que não estavam aos saltos.
“Aquilo caiu em poucos segundos, foi tudo muito rápido”, disseram.
Além dos quatro estudantes, também foram constituídos arguidos no processo um engenheiro e um fiscal da Câmara de Braga e o gerente da empresa de condomínios responsável pelo prédio servido por aquelas caixas de correio. Em junho do ano passado, nas alegações finais do debate instrutório, no Tribunal de Braga, o MP considerou que estes não deviam ir a julgamento.