O PSD quer saber qual o critério seguido para encerrar a estação dos CTT na Vila de Riba de Ave, Vila Nova de Famalicão, acusando também o Governo de fazer “um forte desinvestimento” naquela localidade.
Numa pergunta dirigida ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas, um grupo de deputados social-democratas questiona o Governo sobre quando teve conhecimento da decisão de encerrar aquele posto de correios e se “está ou não disponível” para sensibilizar os CTT para a “necessidade de revogar” aquela decisão ou para “procurar uma solução alternativa que atenue os prejuízos” do encerramento.
O PSD aponta a “estupefação” com que a população recebeu a “decisão unilateral” de encerrar a estação de correios que existe “há mais de 80 anos” naquela vila minhota, salientando que tal fecho “lesa e prejudica o acesso daquela população, das suas organizações e das suas empresas” a um “importante serviço público”.
O grupo lembra que o serviço dos CTT mais próximo no concelho de Vila Nova de Famalicão fica na freguesia de Pousada de Saramagos e dista sensivelmente nove quilómetros, pelo que o encerramento do posto de Riba de Ave “põe em causa o exigível serviço de proximidade às populações e empresas, não só daquela vila, mas também das freguesias próximas que dele se servem”.
Os CTT confirmaram a 02 de janeiro o fecho de 22 lojas, incluindo a de Riba de Ave, no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
No referido requerimento, o PSD acusa ainda o Governo de estar a “inquestionavelmente” a sujeitar a vila de Riba de Ave “a um forte desinvestimento do Estado”, apontando a perda do ensino secundário público (em 2015) e da agência da Caixa Geral de Depósitos (em 2017) como exemplos.
“A perda de um serviço público acaba sempre por arrastar a perda de outros”, observa.
“Isso está a acontecer na Vila de Riba de Ave. Tudo começou com a perda do ensino secundário público, depois a perda da banca pública, agora o serviço postal universal. Qual será o próximo?”, questiona o PSD.