O Provedor do Idoso de Guimarães apontou esta terça-feira a solidão como o “principal problema” para os mais velhos salientando que é “muito importante mobilizar” a comunidade no apoio aquela população.
Na apresentação do seu primeiro ano de funções, José Lopes apontou 22 mil idosos referenciados no concelho, salientando que “pelo menos dois mil” vivem em situação de isolamento.
“A solidão mata mesmo, não são só algumas doenças graves. É muito importante mobilizar a família, os vizinhos e instituições, que fazem belíssimo trabalho”, afirmou o responsável, o primeiro Provedor do Idoso do país.
Além da solidão, “problemas económicos e dificuldades na institucionalização são os principais desafios” dos idosos do concelho aliados à dificuldade em conseguir vagas em Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS).
“Há muita burocracia para conseguir isso [apoios ou institucionalização], quando são englobados todos os rendimentos dos filhos”, justificou, apontando já ter solicitado uma reunião com o ministério da Segurança Social.
Do lado da autarquia, pela voz da vereadora da Ação Social, Paulo Oliveira salientou que a criação do provedor do idoso foi uma forma da câmara conhecer melhor a realidade dos idosos no concelho.
“O Provedor tem-nos permitido ter esta leitura mais real do concelho no que concerne as maiores dificuldades dos idosos. Temos conseguido, em termos de definição de políticas públicas, um salto qualitativo. Esta leitura permanente é muito importante”, apontou.