O jovem da Póvoa de Lanhoso, detido na madrugada desta quinta-feira pela GNR, em flagrante delito, por violência doméstica, está proibido de aproximar-se da casa da vítima, a sua companheira, na freguesia de Garfe, que de resto teve de deixar, segundo determinou esta tarde o juiz de instrução criminal no Palácio da Justiça de Braga.
O MINHO abordou o arguido, no final dos trabalhos, que não quis prestar declarações, já que se encontrava ainda a apurar o alcance das medidas coativas, que incluem, para além de apresentações periódicas, proibição absoluta de contactar por qualquer meio a vítima, direta ou indiretamente, situação que será controlada, a partir de uma pulseira eletrónica.
O arguido, de 28 anos, está indiciado por um crime de violência doméstica, tendo sido na madrugada desta quinta-feira, cerca das cinco horas, que a então companheira, de 23 anos, em desespero de causa, colocou em alta voz o seu telemóvel, ao mesmo tempo que ligava para o Posto da GNR da Póvoa de Lanhoso, que por sua vez foi para o local, em Garfe, tendo sido contactada também, por alguém ligado à vítima, a Corporação dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, mas cujos elementos não tiveram de intervir, uma vez que a jovem não precisava de receber tratamento hospitalar.
Apresentado a meio da manhã no Palácio da Justiça de Braga, o detido, no entanto, não chegou a saber a decisão, regressando à GNR, em Braga, que o voltou a entregar ao início da tarde, ocasião em que foram determinadas as suas medidas de coação, comunicadas a O MINHO por fontes judiciais, mas que o próprio arguido, entretanto, não quis comentar.
Segundo as mesmas fontes, o jovem povoense está indiciado por um crime de violência doméstica, uma vez que esta madrugada a vítima fez um telefonema, em alta voz, para o posto da GNR da Póvoa de Lanhoso, através do qual se ouviam situações de ameaças e de maus tratos dentro da residência na freguesia de Garfe, com a jovem em grande aflição.
Ao receberem a chamada telefónica, que durou cerca de cinco minutos, nessa ocasião, os militares do Posto Territorial da GNR da Póvoa de Lanhoso avançaram para o local e ali chegados, acabaram por ouvir o suspeito, aos berros, com ameaças de morte contra a sua companheira, que por sua vez estava escondida por trás de muro, debaixo de frio e chuva.