Um juiz de instrução criminal no Tribunal de Guimarães aplicou hoje prisão preventiva a um homem de 49 anos suspeito de matar a mãe, de 89 anos, em Barcelos, disse fonte policial.
Segundo a fonte, a medida de coação poderá ser posteriormente alterada, de acordo com o resultado da perícia psiquiátrica a que o suspeito vai ser submetido.
Os factos remontam a 25 de junho de 2022 e ocorreram no interior da habitação partilhada pelo suspeito e pela mãe, em Carvalhas, Barcelos.
Como O MINHO noticiou, os médicos legistas que analisaram os resultados da autópsia feita ao cadáver de Lucinda Ribeiro, de 89 anos, encontrada morta em casa, nas Carvalhas, em Barcelos, concluíram que a causa da morte foi asfixia.
Fonte judicial revelou que a autópsia demonstra que a vítima foi agredida, mais do que uma vez, na cama do quarto, na casa onde ambos, mas não terá falecido por causa das agressões. Terá sido, sim, asfixiada, desconhecendo-se se com as mãos ou com uma almofada.
A seguir contou aos jornalistas no local que estava na cozinha, ouviu um barulho e supôs que a mãe estivesse a fugir, por, alegadamente, padecer da doença de Alzheimer. “Pensei: lá vai ela fugir outra vez. Fui ao quarto dela e não estava na cama, estava caída no chão e nua e morta. Peguei nela, pu-la em cima da cama”, disse. Face à falta de indícios seguros de crime, a PJ optou, então, por não o deter, ficando a aguardar os resultados da perícia médico-forense.
O homem sofria de distúrbios do foro mental, doença que ainda se manifesta. E, ao que soubemos, não confessou o crime, mas também não foi interrogado dado que os inspetores da Brigada de Homicídios da PJ não o podem fazer pois foi detido fora de flagrante delito.
O suspeito já esteve preso por crime sexual, vai ser ouvido hoje pelo juiz de Instrução do Tribunal de Guimarães, a quem vai ser entregue pela PJ.
A vítima foi encontrada morta mas, na altura dos factos, o suspeito negou a autoria do crime.
No entanto, o filho acabaria por ser detido esta semana, pela Polícia Judiciária (PJ) de Braga, pela presumível autoria do crime, por asfixia.
“Não tendo, das diligências imediatas, resultado indícios inequívocos de crime naquela morte, apenas a continuação da investigação, com recolha de mais prova testemunhal e sobretudo pericial, nomeadamente o resultado final da autópsia médico-legal, permitiu, agora, reunir sólidos indícios da existência de crime em tais factos e imputá-los ao suspeito”, refere um comunicado da PJ.
O suspeito está indiciado pelos crimes de violência doméstica e homicídio qualificado.
Anteriormente, já tinha cumprido pena de prisão por violação.