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Barcelos

PJ detém filho de idosa morta em Barcelos. É suspeito de homicídio e violência doméstica

Tinha contado no café que matou a mãe, mas depois negou

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Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO / Arquivo

A Polícia Judiciária (PJ) de Braga deteve hoje o filho da mulher de 89 anos encontrada morta na casa em que ambos viviam, nas Carvalhas, Barcelos, em 25 de junho de 2022.

O homem, de 49 anos, está indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e de violência doméstica.

Foi detido fora de flagrante delito, após mandado emitido pelo Ministério Público/DIAP de Guimarães.

Em comunicado, a PJ refere que, “não tendo, das diligências imediatas, resultado indícios inequívocos de crime naquela morte, apenas a continuação da investigação, com recolha de mais prova testemunhal e sobretudo pericial, nomeadamente o resultado final da autópsia médico legal, permitiu, agora, reunir sólidos indícios da existência de crime em tais factos e imputá-los ao suspeito”.

Fernando Almeida, filho da vítima, agora detido. Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO

O detido será presente às autoridades judiciárias competentes no Tribunal de Guimarães, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

Como O MINHO noticiou, na noite do falecimento, o filho, Fernando Almeida, foi ao café da localidade dizer que a mãe estava morta e que tinha sido ele a matá-la. Versão que depois desmentiu, quando interrogado pela PJ, que acabou por não o deter, até porque o homem, apresentava um discurso incoerente e desconexo.

A Polícia viu-lhe ainda o telemóvel, mas nada terá encontrado. Inicialmente, quando ‘confessou’, a GNR teve-o algemado, mas depressa o soltou.

“Disse que a matei, mas não fui eu!”

E contou, ainda: “Disse no café e à GNR que fui eu que a matei, mas não fui”.

O homem já tinha sido condenado, há alguns anos, a uma pena de prisão efetiva por violação.

Na ocasião e no local, deu aos jornalistas a seguinte versão: “Eu estava na cozinha e ouvi um barulho. Pensei: lá vai ela fugir outra vez (numa alusão à doença de Alzheimer de que a mãe supostamente padecia). Fui ao quarto dela e não estava na cama, estava caída no chão, e nua. Peguei nela, pu-la em cima da cama e abanei-a…Como não respondeu concluí que tinha morrido”.

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