Quem habitualmente frequenta o Parque de São João da Ponte, em Braga, que tem sido palco frequente de roubos, como sucedeu na segunda-feira a um septuagenário que ali passeava, mostra-se aliviado com o facto de as novas instalações da Polícia Judiciária (PJ) de Braga serem ali instaladas brevemente naquela zona.
Apesar de o assaltante ter sido detido pela PSP pouco depois do roubo e ter ficado em prisão preventiva, bem como não ser competência da PJ o combate aos crimes de roubo na via pública, a não ser que existam armas de fogo associadas a esse tipo de crimes, a verdade é que a presença da Judiciária, com as movimentações permanentes que implicam em seu redor, já estão a deixar muito mais descansados os utentes habituais do Parque de São João da Ponte, especialmente aqueles de idade mais avançada, que são os mais suscetíveis à ação dos assaltantes.
Rui Pereira, funcionário judicial aposentado, é o porta-voz, na prática, do contentamento generalizado, afirmando “não ter dúvidas que a presença da PJ nesta zona, para além de servir melhor quem dela precisa e os que lá trabalham, vai dar mais segurança”. E realça: “Esta área bem precisava, nós vamos ficar melhor”.
Em declarações a O MINHO, o bracarense acrescenta: “Até por experiência profissional eu sei não ser essa, em princípio, a principal missão da PJ, mas não tenho quaisquer dúvidas, é claro, que com a Judiciária aqui, não será tão provável assaltarem as pessoas na zona do Parque de São João da Ponte. Os assaltantes sabem muito bem que haverá sempre inspetores que andam de um lado para o outro e câmaras de vigilância à volta do edifício, que os podem também apanhar em imagens, por isso estou muito satisfeito com a vinda para aqui”.
Ao mesmo tempo, Rui Pereira defende a videovigilância em toda a cidade de Braga e até em outros pontos do concelho, uma vez que “é uma experiência bem sucedida na maioria das grandes cidades europeias e no caso de Braga seria muito importante para as pessoas se sentirem mais seguras, já que muitas vezes a gente receia sair, em especial à noite, mesmo para fazer caminhadas, porque hoje em dia acontecem coisas muito graves e nem sempre é sequer para assaltar, como temos verificado também nestes últimos dias”.
A PJ festejou esta quarta-feira o seu 76.º aniversário, com as comemorações nacionais centradas em Braga, nas futuras instalações da PJ de Braga, na antiga sede da extinta Associação Industrial do Minho (AIMinho), que em 2018 entrou em insolvência.