A greve dos professores prosseguiu esta segunda-feira com várias concentrações em todo o país, uma delas em Viana do Castelo, em frente ao edifício que alberga os serviços da Câmara Municipal.
Perto de meia centena de docentes da região de Viana do Castelo aderiu à chamada do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.) que tem em vigor uma greve por tempo indeterminado, desde 09 de dezembro, em protesto contra as propostas de alteração aos concursos e para exigir respostas a problemas antigos.
Em comunicado, o sindicato, que representa cerca de 1.300 docentes, refere que a “forma de luta inédita” resulta de uma sondagem realizada no blogue ArLindo, em que 1.720 pessoas apoiaram a realização de uma greve por tempo indeterminado.
Entre as principais reivindicações, o S.TO.P. aponta “questões fundamentais do passado não resolvidas”, defendendo, desde logo, a contabilização de todo o tempo de serviço, o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e a possibilidade de aposentação sem penalização após 36 anos de serviço.
Critica também as alterações recentes ao regime de mobilidade por doença, as ultrapassagens na progressão da carreira docente e reivindica soluções para os professores em monodocência e uma avaliação sem quotas.
A greve é igualmente uma resposta às propostas do Ministério da Educação para a revisão do regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente, que está a ser negociada entre a tutela e os sindicatos do setor.
Marcelo solidário
Em Ourém, no centro do país, local onde esta segunda-feira o Presidente da República deu uma aula debate, ao segundo dia de uma greve por tempo indeterminado, Marcelo mostrou-se solidário com os professores.
“Professores têm muito mérito pelo que fazem todos os dias. Os professores são do mais importante que nós temos, conjuntamente com os profissionais de saúde, em termos de função pública. Eles são fundamentais e queixam-se muitas vezes com razão. Como professor acompanho [essas reivindicações] desde sempre”, afirmou o chefe de Estado.