Paulo Fonseca considerou esta quarta-feira que o jogo com o Marselha, na quinta-feira, não é decisivo, mas, se vencer, o Sporting de Braga fica bem colocado para passar à fase seguinte da Liga Europa de futebol.
Os minhotos lideram o grupo F com seis pontos, mais três do que o Marselha e o Slovan Liberec, e para o treinador ‘arsenalista’, apesar de o jogo não ser decisivo, porque ficam a faltar ainda mais três partidas, pode ser um passo importante para seguir em frente.
“Concordo que se vencermos amanhã ficamos bem colocados para passar à fase seguinte, temos essa ambição, mas vai ser muito difícil, vamos defrontar uma equipa muito forte, com jogadores de nível muito elevado, esta equipa tem internacionais A por dez países e isso diz tudo da sua qualidade”, disse.
Paulo Fonseca mostrou muito respeito pelo adversário, mas frisou que “medo não é uma palavra que caiba” no dicionário da equipa e que esta tudo irá fazer para vencer.
O Marselha não ganha há seis jogos e perdeu em casa o último jogo europeu, diante do Slovan Liberec, mas Paulo Fonseca diz não acreditar em crise no clube gaulês.
“Não alinho nesta suposta crise do Marselha. Vi esse jogo e foi mais um dos que perdeu, mas em que foi manifestamente superior ao adversário, podia ter vencido por uma margem grande, não aconteceu, é o futebol. O facto de eles não ganharem há algum tempo não me ilude”, disse.
O treinador espera um “dos jogos mais difíceis” até ao momento e, apesar de defender que a posição do Marselha no campeonato francês (16º) não está de acordo “com a sua real qualidade e capacidade”, admite que o adversário “poderá fazer desta competição o seu principal objetivo”.
António Salvador disse há poucos dias que “os nomes não ganham jogos” e o técnico concorda com o presidente do Braga.
“Também acredito que a força do coletivo é maior que a força das individualidades. Os jogadores estão hiper motivados, sabem da importância de vencer um jogo destes, eles acreditam nos processos e que podem disputar o jogo com qualquer adversário”, reforçou.
O avançado Rui Fonte reconheceu, por seu turno, a importância do jogo, mas assegurou que a motivação por jogar na Liga Europa “é igual à de todos os outros jogos”.
“O que o treinador nos disse reflete o que está à vista de todos. O Marselha tem um plantel de muita qualidade, os resultados não têm sido o que esperavam e não podem estar satisfeitos por isso, mas a nossa estratégia passa por nos focarmos em nós próprios e não pensar tanto no adversário”, disse.
Emprestado pelo Benfica, Rui Fonte, de 25 anos, lamentou o “muito tempo” perdido com as lesões e com ter jogado em Espanha duas épocas e meia (no Espanyol), onde, afirmou, não jogou na sua posição: “desde há dois anos que tenho jogado na minha posição e tenho evoluído, já perdi alguns anos, mas vou mais que a tempo”, disse.
Sporting de Braga, primeiro classificado, com seis pontos, e Marselha, segundo, com três, defrontam-se na quinta-feira, às 20h05, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por Alexandru Tudor, da Roménia.