A candidatura do PAN à Câmara de Guimarães, liderada por Rui Rocha, quer reduzir emissões de gases com efeito estufa no concelho e, para isso, apresentou a proposta de uma declaração conjunta entre Câmara e Assembleia para decretar a “emergência climática”, foi hoje revelado.
Em comunicado, a concelhia do partido ambientalista avisa que o mundo se encontra a “menos de uma década do ponto de não retorno e todos os esforços de redução de emissões de gases com efeito de estufa são poucos”.
Para isso, o partido apresenta vários pontos: articular a execução das demais políticas públicas com o combate às alterações climáticas e à mitigação dos seus efeitos; a elaboração de carta de riscos às alterações climáticas para todo o município até ao final de 2024; e o compromisso do município no sentido de assumir como uma das suas prioridades tornar-se neutro em carbono até 2030.
E quer ver a ação climática sobre várias áreas: energia; mobilidade; resíduos; economia circular; saneamento; agricultura e floresta.
“A nível da energia, o caminho tem de ser a aposta nas energias limpas, na eficiência energética e na redução da pobreza energética”, considera o partido, propondo uma Estratégia Local para a Eficiência Energética, com a instalação de equipamentos de produção local de energia renovável para autoconsumo nos edifícios públicos municipais ou integrar sistemas solares térmicos nos equipamentos do município onde se consome uma elevada quantidade de água quente.
No que diz respeito à mobilidade, p PAN considera que Guimarães deve estar ligado a todas as suas vilas, por transportes públicos de qualidade, até 2030, assim como por ciclovias.
“Por outro lado, é urgente criar uma ligação eficiente por transportes públicos entre a Estação de Comboio e a Universidade (Campus de Azurém) e encetar esforços para que as ligações ferroviárias a Braga e Famalicão se tornem realidade a médio prazo”, considera o partido.
Rui Rocha, que para além de candidato à Câmara é também porta-voz do partido no concelho, crê haver ainda a necessidade de redução da produção de resíduos urbanos e de aumento das respetivas taxas de reciclagem no concelho.
“Por isso, a título de exemplo, o PAN propõe a extensão do sistema PAYT (em português, Pague pelo Resíduo que Produz) a todas as vila do concelho e freguesias adjacentes até 2030; criar um serviço municipal de compostagem e um serviço municipal de recolha de resíduos verdes, que devem ser encaminhados para um centro de compostagem e/ou valorização energética; assim como assegurar que a rede de saneamento faça a cobertura total do concelho até 2030”.
Já no que diz respeito à agricultura, o PAN quer apostas nos pequenos produtores, “sobretudo aqueles que fazem baixo uso de produtos químicos, através de apoios à instalação, produção e escoamento de produtos”.
“Deve manter-se a aposta na criação de hortas comunitárias em todas as vilas do concelho, e alargamento das já existentes, com os equipamentos de apoio adequados e todas as condições de acessibilidade garantidas”, considera.
O PAN quer ainda ver atualizado o cadastro florestal do concelho e ver novas medidas de incentivo ao reordenamento da floresta.
A eleições autárquicas estão marcadas para o dia 26 de setembro.