A população de Seramil, em Amares, impediu hoje o padre António Magalhães de celebrar a eucaristia dominical, depois de lhe barrar a entrada na igreja paroquial.
Um grupo de paroquianos decidiu não deixar que o padre entrasse na sacristia e foi necessário chamar a GNR para que o ‘caldo’ não entornasse e para que os populares deixassem passar o padre.
Como O MINHO tem vindo a noticiar ao longo dos anos, o sacerdote é conhecido por tomar posições cáusticas em relação a diversos assuntos, como quando criticou a quarentena durante a pandemia, falando mesmo em “papalvos da República” que “alardoam” que “estamos num país livre”; ou quando considerou que o PSD de Braga estava a aproveitar-se da religião na visita ao então novo Arcebispo de Braga José Cordeiro.
Em declarações ao Correio da Manhã, um dos paroquianos apresentou uma lista com algumas das situações que, segundo o próprio, levaram ao aumento da crispação para com o sacerdote, que culminou com a revolta apresentada este domingo.
Entre elas está a alegada recusa do padre em celebrar eucaristias que são habitualmente celebradas na freguesia, como nos feriados de 08 de dezembro. Queixam-se também de que o padre não realizou missa num funeral de uma família que veio propositadamente do estrangeiro para o efeito.
Com a chegada da GNR, escreve o mesmo jornal, os ânimos acalmaram e o sacerdote lá conseguiu entrar na sacristia, mas a missa não foi celebrada.