O Ministério Público (MP) acusou esta quinta-feira cinco organizadores do Rali Sprint de Guimarães 2014 devido a um despiste de um automóvel que matou três espetadores.
No sítio oficial da Internet, a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto declara que os seis arguidos, os cinco elementos da organização e também um mecânico, estão acusados por três crimes de homicídio por negligência.
Os factos ocorreram a 07 de setembro de 2014, quando um despiste de um automóvel provocou a morte de mãe e filho e de outro rapaz, na prova realizada na estrada entre a Lapinha e a Penha.
A nota da PGD refere que o acidente “decorreu na EM 579-2, em Vila Nova de Infantas, Guimarães, colhendo oito espectadores, dos quais três viriam a morrer como consequência dos ferimentos assim sofridos”.
O MP ainda considerou que no automóvel foram feitas modificações nos conjuntos roda/cubo e cubo/manga do eixo traseiro que enfraqueceram as suas condições de segurança, levando a que, “no decurso da prova, os esforços incidentes sobre o conjunto roda/suspensão levassem à rutura gradual de parafusos de fixação, à consequente frouxidão da roda traseira esquerda e à perda de controlo do veículo por quem o tripulava”.
A PGD lembrou que “dos arguidos acusados, um tinha a seu cargo, como mecânico, a manutenção mecânica do veículo que se despistou. Os outros cinco foram os responsáveis pela organização da prova desportiva”.
A denúncia julga ainda que a competição foi posta “em execução em flagrante violação das normas que regem a segurança nos ralis, por não estarem identificadas zonas de risco, nem protegidas com equipamentos de segurança especiais, por não estarem estabelecidas zonas específicas de segurança para o público”.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto indica também que foi requerida a abertura de instrução.