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Futebol

“Não podemos esconder que é mais fácil jogar quando estamos nesta posição”

Declarações após Famalicão-Casa Pia (1-0)

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Foto: FC Famalicão

Declarações no final do encontro Famalicão-Casa Pia (1-0), da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:

João Pedro Sousa (treinador do Famalicão): “Percebendo que o Casa Pia ia reagir ao intervalo e ia ter certos comportamentos que geralmente tem quando está a perder. Tentámos ajustar o nosso posicionamento e condicionar essa reação com posse de bola. Essa foi a ideia ao intervalo.

Não conseguimos pegar na bola como queríamos, falhámos nos duelos junto à nossa área e tivemos alguns problemas. O que diferenciou a primeira da segunda parte foi a capacidade ou incapacidade para ganhar duelos. O Casa Pia tem jogadores fortes e rápidos na frente, e não conseguimos controlar essas ações.

Entrámos muito bem no jogo, tal como tínhamos planeado. Dominámos grande parte da primeira parte e chegámos justamente ao golo.

No global acho que fizemos um bom jogo. Há justiça no resultado, mas se ficasse 1-1, estaria aqui a dar os parabéns ao Casa Pia pela reação que teve e pelas dificuldades que criou à minha equipa.

Não podemos esconder que é mais fácil jogar quando estamos nesta posição. Este lugar pode trazer tranquilidade ao nosso jogo, mas queremos continuar a ser competitivos. Fomos sempre equilibrados na forma como abordámos e preparámos os jogos. Preparámos os jogadores e conseguimos que estivessem mentalmente equilibrados independentemente do lugar que ocupávamos na tabela. Os jogadores foram sempre profissionais e responsáveis.

Prometemos que íamos fazer uma segunda volta com mais pontos. O campeonato está longe de ter terminado, vamos ter jogos tão ou mais complicados que este. Há muito trabalho pela frente e ambição. Queremos ganhar mais vezes”.

Filipe Martins (treinador do Casa Pia): “Há meia parte distinta. Na segunda metade da primeira parte, a equipa baixou os níveis de agressividade e de intensidade, o que permitiu ao adversário construir de forma mais confortável e chegar da forma que quis aos corredores, cruzar com facilidade. E, depois, não poderíamos esperar outra coisa.

No lance do golo, interpretámos mal. Era o terceiro passe em diagonal que o Famalicão fazia, mas nunca lemos a trajetória da bola, nem percebemos o movimento corporal do portador da bola. Foi nessa segunda metade da primeira parte que surgiu o golo e o hipotético penálti, numa situação na qual não fomos agressivos o suficiente no corredor lateral.

Ao intervalo, tivemos novamente de apelar ao sentimento de reação. Quando uma equipa começa a viver muito da reação, algo não está bem.

Já disse aos jogadores que revelámos pouca ambição na forma como encarámos essa segunda metade da primeira parte. Entrámos bem, mas, depois, baixámos a intensidade e o Famalicão passou a sentir-se confortável. O resultado ao intervalo era justo por culpa própria.

Mais uma vez tentámos, mas desta vez… Não digo sorte, porque a sorte procura-se. Na semana passada fomos para o intervalo a perder e demos a volta. Mas isto não é Natal todos os dias. É Natal quando um homem quer, mas no futebol não é bem assim. Vamos sem pontos por culpa própria e por falta de ambição naquela metade da primeira parte.

Não temos obrigação nenhuma. Todos percebem que não temos as mesmas condições dos outros, mas isso não serve de desculpa. Estamos numa fase de transformação do clube a nível de infraestruturas e do patamar competitivo. Mas, já demonstrámos que somos capazes e, neste momento, com a segurança da manutenção, temos de dar outro passo. Temos de criar esta mentalidade competitiva e jogarmos os 10 jogos que faltam como finais.

A equipa tem de se transcender para ficar o mais acima possível e não acabar com o sentimento de achar que podia ter feito mais e não fez. Nem sempre a bola quer entrar. Hoje não quis, mas também não quisemos metê-la na baliza do Famalicão durante 20 minutos”.

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