Declarações após o jogo Boavista – Gil Vicente (1-1), da 32.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio do Bessa, no Porto:
– Tozé Marreco (treinador do Gil Vicente): “Defrontar um clube como o Boavista é sempre interessante. Entrámos muito bem. Tivemos três situações claras para fazer golo. Contra ‘a corrente’, sofremos um golo. Abanámos um pouco, mas acabámos a primeira parte em muito bom nível.
Na segunda parte, entrámos muito bem. Nos últimos 20 a 25 minutos da segunda parte, é que não conseguimos fazer o que conseguimos na primeira. Foi a parte do jogo de que gostei menos. Houve um penálti para o Boavista, mas foi um jogo muito bem conseguido da nossa parte por 60 minutos.
O penálti é daquelas faltas em que temos de ter cuidado. A partir dos 20 minutos da segunda parte, o jogo esteve ‘amarrado’. O Boavista também não criou ocasiões, à exceção do penálti. Os nossos alas perderam capacidade de segurar a bola. Faltou mais mobilidade e mais capacidade de os nossos médios se voltarem de frente para o jogo.
Todos os jogos são decisivos. Falei sempre destes jogos como finais. Jogámos sempre para ganhar. Fomos bastante competentes nestes três jogos. O espírito é o de assegurar o mais rapidamente possível a manutenção, escapando, primeiro, dos lugares de descida direta e, depois, do play–off. No domingo [perante o Farense], queremos entrar para ganhar. Só dependemos de nós. Ainda não durmo sossegado. Durmo quando conseguirmos o objetivo.”
– Jorge Simão (treinador do Boavista): “Não podendo dar um passo grande para o objetivo, demos um passo pequenino. Tivemos a oportunidade mais flagrante do jogo. Não há oportunidade mais flagrante do que um penálti. Tivemo–la a 15 minutos do fim.
É importante realçar que foram poucas as situações em que acelerámos o jogo, porque havia muitos jogadores do Gil [Vicente] atrás da linha da bola. O Gil fez um jogo muito cauteloso. Quando tínhamos aproximações, havia muitos jogadores dentro da área a defender a baliza. Isso torna tudo mais complicado. O jogo posicional do Gil não nos criou dificuldades. Sentimos dificuldades em situações de bola parada. O resto do jogo foi controlado.
É difícil encontrar explicação racional [para as dificuldades a entrar na primeira e na segunda parte]. Tem a ver com a qualidade do adversário, também. E, às vezes, são fases do jogo. Passamos alguns minutos à volta da área, o que pareceu ascendente do adversário. No global, senti uma equipa do Boavista [controlada]. Fizemos um jogo seguro. Faltou termos mais bola para libertar um ou outro jogador em campo aberto.”