Declarações após o jogo Gil Vicente-Portimonense (1-1), da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos:
Vítor Oliveira (treinador do Gil Vicente): “O resultado foi muito melhor do que a exibição. Na primeira parte fomos ligeiramente superiores ao Portimonense. Na segunda parte, praticamente não existimos. Não podemos esconder isso.
Estivemos muito abaixo daquilo que podemos e temos obrigação de fazer. Sem criar oportunidades, o Portimonense teve o domínio do jogo.
A meio da segunda parte, tentámos partir o jogo, de forma a conseguirmos alguma objetividade e fazermos um golo num lance de ataque à profundidade, mas foi pior a emenda do que o soneto. Ficámos piores e tivemos uma segunda parte manifestamente má e preocupante.
Viemos de um bom jogo em Penafiel, fizemos uma primeira parte interessante e se tivéssemos chegado ao golo primeiro, provavelmente, poderíamos ter feito uma boa exibição. Não chegámos e, perante a posição em que estamos, é difícil manter a serenidade. Os jogadores precipitaram-se, os passes falharam, o tempo de entrada falhou e isso provoca nervosismo. Além disso, a possibilidade de perder o jogo tirou-nos algum discernimento. A solução é continuar a trabalhar e à procura das melhores soluções dentro do plantel.
Há uma pressão grande. Uns estão habituados, outros nem por isso e alguns desconhecem o futebol português. Na primeira parte tivemos duas ou três situações de finalização que podiam ter dado outra tranquilidade. Marcar em cima do intervalo abriu-nos perspetivas para a segunda parte, só que entrámos muito mal na segunda parte e estivemos quase incapazes de chegar ao golo”.
António Folha (treinador do Portimonense): “É um ponto, não nos podemos lamentar. O importante era dar uma boa resposta depois do jogo que fizemos na Académica. Os jogadores deram essa resposta. No futebol podemos perder, mas temos de dar tudo em campo e esta semana trabalhámos bem.
Estivemos a ganhar, depois houve o empate. Tentámos ir atrás da vitória, mas não conseguimos. Há que dar os parabéns aos jogadores pela atitude e pela imagem totalmente diferente que deixaram face ao último jogo.
Os jogadores sabem quando as coisas não estão bem. No último jogo disse-lhes que ninguém nos dá nada na vida, temos de andar atrás do que queremos e isso dá muito trabalho. Tentámos mudar estratégias e mexer na mentalidade.
Temos um plantel com qualidade e sabemos disso. O [Bruno] Tabata é um dos jogadores de qualidade e vai ter um bom futuro se trabalhar diariamente. É um elemento que tem muita qualidade individual.
[Apenas duas alterações?] Tinha alguns jogadores com alguns toques e retardei a substituição. Por outro lado, acho que a equipa estava bem e não havia necessidade”.