O candidato do PS à Câmara Municipal de Braga, Miguel Corais, juntou a sua voz às reclamações dos expositores da Feira do Livro de Braga, que reivindicam mais divulgação e animação, no sentido de mobilizar mais público e participantes.
Em nota enviada a O MINHO, fonte da candidatura socialista disse que os expositores presentes na edição deste ano manifestaram ao candidato do Partido Socialista que a falta de promoção e a ausência de animação encontram-se entre as razões que têm condicionado o crescimento da iniciativa, o interesse do público e a participação de mais agentes ligados ao sector.
Foi com a “sensação de saber a pouco” que Miguel Corais – responsável pela organização da Feira do Livro entre 2009 e 2013 – apontou a necessidade de um “novo modelo que alie a escrita, a leitura, a cultura, a ciência e o potencial tecnológico da região, para que este certame ganhe outra dimensão”.
No seu entender, a Feira do Livro de Braga tem de ser também “um espaço aberto onde se lancem novos talentos regionais, onde se construam comunidades de escritores e leitores e culmine em atividades para as associações e escolas do concelho”. Uma grande mostra cultural que sirva não só os bracarenses, mas que motive e dignifique os intervenientes.
A integração de novos temas ligados às novas tecnologias, totalmente ausentes na Feira de Braga, nomeadamente a leitura digital e os ebooks, constitui uma melhoria a introduzir, como forma de antecipar o futuro, até porque “estamos numa região forte na área da tecnologia e da investigação. E isto deve ser divulgado junto do público”, defendeu Miguel Corais.
O candidato comparou esta feira com outras vizinhas, como a de Barcelos, que contou com 70 editoras presentes e lamentou que os municípios do Quadrilátero Urbano (a que Braga e Barcelos pertencem) não se entendam de modo a que uma e a outra Feira do Livro decorram em alturas diferentes, para não colidirem no tempo.
Na última edição organizada por si, a Feira do Livro acolheu em 2013 mais de 80 eventos, capacitando o “dinamismo e empenho” dos vários agentes envolvidos na feira, nomeadamente as escolas (com a participação de 12 agrupamentos), as bibliotecas, as associações culturais e juvenis (participaram 15), os museus, a Universidade do Minho, a Rede de Casas do Conhecimento, e, sobretudo, a Câmara Municipal de Braga, que garantiu transporte gratuito aos alunos do pré-escolar e 1.º e 2.º ciclos.