É tido como um dos poucos que é capaz de unir as diferentes sensibilidades do PSD em Braga, nomeadamente entre os que apoiaram Rui Rio e os que preferiram Luís Montenegro. E conhece o partido, o urbano e o das freguesias, como ninguém.
Falámos de João Granja, até agora o único candidato conhecido às eleições da Secção Concelhia dos social-democratas, que decorrem esta sexta-feira, na sede concelhia, à Senhora-a-Branca.
O seu programa político – disse o candidato a O MINHO – passa, antes de mais, pelo apoio à recandidatura de Ricardo Rio a um terceiro mandato, em 2021 e pela luta por um aumento dos resultados eleitorais, quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal e nas freguesias.
Para além disso, o trabalho do órgão concelhio visa, ainda, e de acordo com um manifesto que está a ser enviado aos militantes, unir o partido em Braga e abri-lo à sociedade civil e à juventude.
“Em época de eleições, Presidenciais a abrir 2021 e, em outubro, as autárquicas,importa não deixar que as energias dos militante se percam em disputas estéreis”, sublinha João Granja.
O ex-gestor bancário que já foi deputado no parlamento e líder concelhio , sendo atualmente líder dos social-democratas na Assembleia (ver curriculum em baixo), salienta que, em princípio, se manterá a aliança com o CDS e o PPM, com um acordo a formalizar a partir de janeiro.
A lista tem como número dois, o diretor da empresa municipal AGERE, Rui Morais, seguido do jurista João Marques.
Tem como primeiro subscritor Ricardo Rio, apoio que lhe chega também dos dois vereadores que são militantes do PSD, Olga Pereira e João Rodrigues, bem como de todos os presidentes de Junta filiados.
Para a Mesa da Assembleia de Secção é proposto o nome do médico Américo Afonso, que já preside ao órgão.
Quem é João Granja?
João Granja, 57 anos, gerente bancário, militante do PSD há mais de 39 anos, foi até há pouco tempo 1.º Vice-Presidente da Distrital do PSD Braga (durante 3 mandatos – 6 anos) e é líder da Bancada do PSD na Assembleia Municipal da capital de distrito e na Assembleia da CIM – Comunidade Intermunicipal do Cávado (estrutura autárquica supramunicipal que agrega os concelhos de Braga, Barcelos, Esposende, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro) e na Assembleia de Freguesia de S. Vitor.
Foi durante vários anos Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Sá de Miranda e dirigente associativo na Associação Académica de Coimbra, integrou os órgãos de gestão da Faculdade de Direito da mesma universidade e coordenou a representação dos estudantes no Senado.
Foi deputado à Assembleia da República com 28 anos, na sexta legislatura, de 1991 a 1995, onde integrou a Comissão Parlamentar de Juventude e a Comissão Parlamentar de Educação, Cultura e Ciência. Integrou diversas subcomissões, comissões eventuais e grupos de trabalho.
Foi voluntário da AWEPA – Associação de Parlamentares Europeus para o desenvolvimento da África Austral, tendo desempenhado missões na Gâmbia, Malawi, Moçambique, Angola e África do Sul, onde participou na fiscalização do ato eleitoral que consagraria a eleição de Nélson Mandela.
Partidariamente, foi dirigente concelhio, distrital e nacional da JSD e do PSD. Para além de múltiplos cargos e funções que desempenhou, foi Vice-Presidente da JSD nacional, ao lado de Pedro Passos Coelho. No PSD foi conselheiro nacional por dois mandatos, nas listas de Luís Marques Mendes e Pedro Passos Coelho.
Dirigiu várias campanhas autárquicas, ao longo de mais de 35 anos e liderou a concelhia bracarense durante vários anos e até à vitória autárquica de Ricardo Rio, em 2013.
Integrou as direções distritais de campanha de Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, nas eleições presidenciais. João Granja tem-se destacado particularmente no palco da Assembleia Municipal de Braga, de que é hoje o elemento mais antigo, desempenhando ininterruptamente funções desde há 35 anos e, como líder da bancada, há mais de 20.