O projeto de adaptação da Quinta do Costeado para instalar a Escola-Hotel do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Guimarães, foi apresentado esta segunda-feira durante a reunião da Câmara Municipal.
Na primeira reunião, realizada através de videoconferência, os arquitetos Filipe Vilas Boas e Pedro Vinagreiro, do gabinete Workbook, apresentaram os detalhes do projeto que teve um custo de 298.888,64 euros.
A intervenção vai abranger a casa senhorial existente na zona da Cruz de Pedra e toda a área envolvente. Será construído um novo edifício, em madeira e recuperados os jardins, num processo que estenderá a requalificação do espaço urbano até à Circular Urbana de Guimarães.
A Casa do Costeado será reabilitada recorrendo a técnicas tradicionais, sustentáveis, respeitando a salvaguarda do património, e transformada num hotel, onde existirá também uma cozinha e restaurante.
É no novo edifício, que irá nascer, que ficará a Escola de Hotelaria do IPCA. “Será um edifício construído em madeira lamelada, muito simples, sem grandes luxos, confortável, sustentável, moderno, que pretende chamar a si as memórias da cidade e as singularidades do Centro Histórico, com poucos custos de manutenção”, esclareceu o arquiteto Filipe Vilas Boas.
A presidente do IPCA, presente na sessão, afirmou que se trata de uma “obra que será digna de ser vista, respeitando a imagem de Guimarães e os seus eixos estratégicos” e comprometeu-se a fazer da escola uma referência. “Uma escola que terá alunos de licenciatura, mestrado e cursos superiores profissionais, aberta ao exterior, um espaço disponível para a cidade e para as empresas”, garantiu Maria José Fernandes.
André Coelho Lima saudou um projeto que vai devolver à cidade um “espaço escondido”, mas alertou para o grande investimento que a Câmara vai fazer para o IPCA. O vereador do PSD quer conhecer o valor do investimento e o número de alunos que se prevê que vão frequentar a escola.
Domingos Bragança reconhece que “o preço base para o concurso público será elevado, pela qualidade e dimensão da obra”. Para o presidente da Câmara trata-se de “um projeto estratégico ao nível da reabilitação urbana que faz crescer a Cidade. Ligará o Largo do Toural através da Cruz de Pedra ao Multiusos ao Salgueiral, abrangendo os fornos de olaria e os bairros”.